O Brasil brilhou na 12ª edição do Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano, realizada domingo (27/4), no Palácio Municipal IFEMA em Madri. Com 11 indicações ao todo, o país encerrou a noite celebrando quatro vitórias, três delas conquistadas pelo longa Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles.
Recém-premiado com o Oscar de melhor filme internacional, Ainda Estou Aqui saiu vitorioso em três das principais categorias: melhor filme ibero-americano de ficção, melhor direção, e melhor atriz, com a consagrada Fernanda Torres.
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Entre as séries, o destaque ficou para Senna, produção da Netflix sobre a trajetória do ídolo da Fórmula 1, que venceu na categoria melhor criador de série. O prêmio foi dividido entre Luiz Bolognesi, Vicente Amorim, Fernando Coimbra e Patrícia Andrade. Ao receber a estatueta, Bolognesi celebrou a força do audiovisual brasileiro:
“Queria agradecer à Netflix, que acreditou nesse projeto de dar vida a um ícone brasileiro. Acreditaram que somos fortes e resistentes, como o nosso cinema.”
Walter Salles não estava presente, mas enviou um discurso lido no palco pelo produtor Rodrigo Teixeira. Ele dedicou o reconhecimento a Carlos Diegues, importante nome do cinema novo brasileiro que faleceu recentemente:
“Gostaria de dedicar este prêmio ao mestre Carlos Diegues, diretor de filmes fundamentais como Bye Bye Brasil e um pensador que sempre defendeu um cinema democrático e inclusivo. Em tempos de fragilização da democracia e apagamento da memória coletiva, o cinema se torna ainda mais essencial para combater o esquecimento.”
Além dos vencedores, outras produções brasileiras também figuraram entre os indicados, como Arca de Noé, de Alois Di Leo e Sérgio Machado, em melhor animação, e Cidade de Deus: A Luta Não Para, que disputou três categorias, incluindo melhor série, melhor atriz (Andréia Horta) e melhor ator (Alexandre Rodrigues).