O governo argentino anunciou, nesta quinta-feira (22/5), novo pacote de medidas para que os argentinos tirem os dólares “do colchão”. O objetivo é que a população use, de forma legalizada, os dólares guardados fora do sistema financeiro sem necessidade de declarar a origem dele. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência, Manuel Adorni.
“Os argentinos voltam a ser inocentes até que a ARCA (Agencia de Recaudación y Control Aduanero) prove o contrário; dólares deles, decisão deles”, disse. No comunicado, Adorni detalhou que o plano terá duas etapas: uma aplicada pelo governo, por meio de decreto, e outra, que será enviada como um projeto de lei ao Congresso.
O governo da Argentina chamou a medida de “Plano para a reparação histórica da poupança dos argentinos”.
Milei já indicava uma flexibilização das regras tributárias para permitir uso de dólares não declarados. A proposta é que o dinheiro seja usado para movimentar a economia do país e para que a população compre eletrodomésticos, carros, casas, sem que alguém “cobre explicações”.
Em entrevista recente a um programa de TV argentino, o ministro da Economia, Luis Caputo, chegou a afirmar que os argentinos têm entre US$ 200 bilhões e US$ 400 bilhões “debaixo do colchão”, o que representa de 33% a 66% do Produto Interno Bruto (PIB) argentino, que é de US$ 600 bilhões.