Enquanto o Ibovespa entregou um retorno de 13,95% no acumulado do ano até o fim de maio, as principais pagadoras de dividendos da Bolsa brasileira acumularam rentabilidade de 11,76%, segundo o IDIV. Para quem quer superar o índice de referência dos dividendos, cinco empresas são essenciais para a carteira em junho, segundo as recomendações de corretoras.
Todo mês, o InfoMoney compila as indicações de ações para dividendos das principais corretoras do Brasil para mostrar os papéis mais recomendados. A Petrobras (PETR4) segue como a mais indicada, com oito recomendações. O Banco do Brasil (BBAS3), segundo mais recomendado em maio, ficou de fora da carteira de dividendos em junho, assim como aconteceu nas carteiras gerais, que olham para a expectativa valorização dos ativos.
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A Vivo (VIVT3), que recebeu quatro recomendações e integrou a lista de maio, perdeu a indicação do BB Investimentos e deixou a carteira. Em seu lugar aparece o Itaú (ITUB4), que volta ao rol das mais recomendadas para dividendos após dois meses de ausência.
Confira as ações de dividendos mais recomendadas para investir em junho e o dividend yield (DY, retorno com dividendos) nos últimos 12 meses até o fechamento da última segunda-feira (2):
Ação | N° de recomendações | DY |
Petrobras (PETR4) | 8 | 14,72% |
Caixa Seguridade (CXSE3) | 4 | 7,71% |
Itaú (ITUB4) | 4 | 8,56% |
Copel (CPLE6) | 4 | 8,99% |
Direcional (DIRR3) | 4 | 13,49% |
Petrobras (PETR4)
A Terra Investimentos diz que a ação “continua sendo uma excelente oportunidade de investimentos, mantendo sua posição como destaque no setor energético”. Para justificar a inclusão da Petrobras em sua carteira de dividendos, a corretora cita fundamentos “sólidos” como custos de extração baixos, margem bruta de 52% e alta rentabilidade que possibilita o pagamento de dividendos estimados em 15% nos próximos 12 meses.
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Caixa Seguridade (CXSE3)
A empresa merece um “valuation premium” em relação a seu principal par, BB Seguridade (BBSE3), segundo o BTG Pactual. Isto porque a Caixa Seguridade tem uma natureza “mais previsível” de resultados, concentrados em seguro hipotecário e no negócio de pensões, assim como em seu “contrato refinado e estendido com seu banco controlador, a Caixa”. Para o BTG, o prêmio em relação à BB Seguridade pode aumentar nos próximos meses com a melhora na cobertura e aumento da liquidez após o recente follow-on.
A ação já estava na carteira Top Dividendos XP e, em junho, ganhou ainda mais relevância no portfólio, com peso subindo de 12,5% para 15%. Em relatório, os estrategistas da XP justificam a escolha dizendo que “o banco apresentou resultados sólidos no primeiro trimestre de 2025, com forte crescimento da carteira, taxas de inadimplência controladas e níveis elevados de ROE (Retorno sobre Patrimônio) mantidos”.
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O sucesso da privatização da companhia paranaense ainda não foi totalmente precificado, segundo o Santander. Para o banco, a ação da empresa de energia é “uma combinação atraente de valuation razoável e um perfil de baixo risco”. Os analistas citam riscos “limitados” nos negócios de geração, distribuição e transmissão.
Direcional (DIRR3)
Para o BTG Pactual, a construtora “navegou muito bem os últimos anos” ao evitar “estouros” de custos enfrentados por outras empresas. O banco diz que a Direcional está bem posicionada para capturar a forte demanda por empreendimentos via Minha Casa Minha VIda, já que tem “grande banco de terrenos, execução impecável e alta lucratividade”. A expectativa é por uma “boa evolução” das vendas, receitas e retorno sobre patrimônio ao longo deste ano.