Durante a madrugada deste sábado (14/6), o Irã disparou mais duas levas de mísseis balísticos contra Israel em resposta aos ataques israelenses a instalações militares e centros nucleares do país. Há 80 feridos em Israel e três pessoas foram mortas.
Israel continua a atacar o Irã e se prepara para dias de combates intensos. As aulas foram canceladas e não são permitidos eventos que provoquem aglomeração.
Os ataques do Irã foram direcionados principalmente contra a região metropolitana de Tel Aviv, onde vivem cerca de quatro milhões de pessoas, 40% do total da população israelense.
Segundo o Comando da Frente Interna, o braço do exército responsável pelas orientações aos cidadãos, os mortos não conseguiram chegar até os abrigos. Por isso, a orientação é permanecer próximo aos abrigos e seguir as determinações das autoridades.
Irã ultrapassa limites
O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que o Irã “cruzou todas as linhas vermelhas” ao atingir a infraestrutura civil israelense e prometeu uma resposta com ainda mais força.
Mais cedo, o chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que “a guerra não conseguiria acabar totalmente com as ameaças iranianas”.
Na manhã de hoje, sirenes foram ativadas em todo o território israelense a partir da invasão de drones, inclusive na fronteira com a Jordânia, a leste, em Arava, no sul, e nas Colinas de Golã, no norte.
Especialistas
Estrategistas militares e cientistas políticos concordam quanto à superioridade militar de Israel. No entanto, a maioria considera prematuro afirmar se o Irã teve sua capacidade nuclear significativamente comprometida, já que muitas de suas instalações estão localizadas a dezenas de metros abaixo da superfície. Segundo o jornal Le Monde, a retaliação iraniana será “sem limites”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou ontem a respeito de um risco nuclear iminente.