Um dos autores da ação popular que contesta a legalidade e os custos de viagem à Rússia da primeira dama Janja da Silva, é advogado de defesa de um dos integrantes do “núcleo 3” da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República(PGR), julgada na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira (20).
Jeffrey Chiquini atua na defesa do tenente-coronel do exército Rodrigo Bezerra de Azevedo, que fazia parte dos “kids pretos”, e que está preso por participação na trama golpista. De acordo com a PGR, Azevedo teria liderado “ações de campo voltadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas”. Ele se tornou réu após votação dos ministros.
Em entrevista coletiva, Chiquini disse ser inadmissível que Janja viaje desacompanhada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
¨A Janja não é autoridade, ela não pode, em hipótese alguma, viajar desacompanhada do chefe do Executivo e, se assim o fizer, é improbidade administrativa. Que devolva o dinheiro do povo¨, disse.
Na ação, o advogado alega falta de respaldo legal e gastos excessivos para os cofres públicos.
Na última segunda-feira (19), a Justiça Federal concedeu prazo de 20 dias para que o governo federal se manifeste sobre os gastos públicos relacionados às viagens internacionais da primeira-dama.