O Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços) ficou marcado por uma polêmica envolvendo uma fala considerada racista no palco do evento. A situação ocorreu durante uma palestra da escritora Camila Panizzi Luz, enquanto ela conversava com o escritor Wesley Barbosa. Após a repercussão negativa, a organização do Flipoços classificou a atitude como “inaceitável” e anunciou o rompimento dos vínculos com a autora.
Entenda o caso
- A fala preconceituosa ocorreu durante uma palestra no evento Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços).
- Camila estava no placo com o escritor Wesley Barbosa, que lançou o livro Viela Ensanguentada e estava no local no estande do Coletivo Neomarginal.
- Durante a apresentação, Wesley, foi interrompido por Camila que perguntou como “faz para ser neomarginal?”. Em seguida, disse: “Eu quero ser uma neomarginal gente, olha que tudo. Camila Luz, neomarginal, nunca fui presa”.
- O caso repercutiu nas redes sociais e a autora foi excluída do evento.
A situação repercutiu nas redes sociais. Wesley inclusive fez várias postagens sobre o tema em tom de crítica à situação. A primeira postagem dizia: “Ser neomarginal é não ser racista”, escreveu.
Em outra postagem, ele afirmou que não quer ficar conhecido por ter sofrido racismo e sim pelos livros dele.”Todos os dias cheguei cedo, pois sou um trabalhador dos livros. Não queria ficar conhecido por ter sofrido racismo e sim por meus livros. Obrigado a quem está me escrevendo. Escreverei pra todos”, afirmou ele nas redes sociais.
Em nota, o Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços) repudiou o caso e anunciou que decidiu “romper vínculos entre a autora e a programação, retirar os seus livros da feira e cancelar todas as demais atividades em que a autora estaria vinculada nesta e em outras realizações do festival”.
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