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Avanço do garimpo: pedidos para exploração crescem 327% em Cristalina

Como revelou o Metrópoles em maio deste ano, Cristalina (GO) tem visto o garimpo de minerais disparar ao longo dos últimos meses. E não é apenas a garimpagem ilegal que vem aumentando: os pedidos de autorização para exploração do solo goiano também têm se multiplicado junto às autoridades competentes.

Em 2024, a Agência Nacional de Mineração (ANM) recebeu 47 pedidos referentes à exploração do solo em Cristalina, sendo 46 para pesquisa e um para cessão parcial de terras. Já em 2023, foram feitas apenas 11 solicitações: cinco de cessão parcial, cinco de pesquisa e um de licenciamento.

7 imagensCristal com óxido de ferro vem sendo vendido em larga escala na regiãoCristalina é conhecida pelo garimpo de cristaisCristal de quartzo é um dos materiais desejados pelos garimpeirosÓxido de ferro também é alvo do garimpo, afirma populaçãoPedra de cristal lapidada por AguinaldoFechar modal.1 de 7

Prática vem aumentando exponencialmente ao longo dos meses

Breno Esaki/Metrópoles (@brenoesakifoto)2 de 7

Cristal com óxido de ferro vem sendo vendido em larga escala na região

Breno Esaki/Metrópoles (@brenoesakifoto)3 de 7

Cristalina é conhecida pelo garimpo de cristais

Breno Esaki/Metrópoles (@brenoesakifoto)4 de 7

Cristal de quartzo é um dos materiais desejados pelos garimpeiros

Breno Esaki/Metrópoles (@brenoesakifoto)5 de 7

Óxido de ferro também é alvo do garimpo, afirma população

Breno Esaki/Metrópoles (@brenoesakifoto)6 de 7

Pedra de cristal lapidada por Aguinaldo

Breno Esaki/Metrópoles (@brenoesakifoto)7 de 7

Fachada do Mercado do Cristal, em Cristalina (GO)

Breno Esaki/Metrópoles (@brenoesakifoto)

O número representa um aumento de 327% de um ano para outro. Ressalta-se ainda que são dados oficiais, podendo haver subnotificação devido a alta do garimpo ilegal — no início de maio, mais de 70 pessoas foram presas atuando clandestinamente.

O “boom” ocorrido em 2024 é ainda mais evidente quando se analisa os números de anos anteriores. Em 2021, por exemplo, foram registrados 10 pedidos; em 2020, quatro; em 2018, nove; e em 2017, 12.

Os dados também mostram 22 solicitações para exploração em 2019, o que pode ser considerado um número alto, mas 53% menor que os 47 pedidos de 2024.

Os números constam no sistema de cadastro mineiro da ANM. Veja no gráfico:

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Minério de ouro

Focando em 2024, ano em que os números começaram a aumentar, nota-se uma variedade de interessados em explorar o solo em Cristalina. Os 47 pedidos foram feitos por 11 responsáveis diferentes, sendo 10 empresas e uma pessoa física.

O maior interesse seria na pesquisa do minério de ouro, segundo o cadastro mineiro da ANM. São 30 demandas referentes a esse mineral. Há também 11 pedidos para exploração de areia e oito para quartzo e quartzito, além de requerimentos para busca de argila, granito, ouro, granito, cascalho, grafite e manganês. Cada solicitante pode analisar mais de um material e em mais de um município.

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Empresas com sede no exterior

Uma das empresas que solicitaram autorização para explorar o solo de Cristalina é a multinacional sul-africana AngloGold Ashanti Córrego do Sítio Mineração S.A. A companhia, que fez 13 pedidos em 2024, tem filiais em 10 países nas Américas, África e Oceania e, recentemente, anunciou que o então presidente na América Latina, Marcelo Pereira, vai comandar todas as operações globais.

Outra empresa é a Kinross Brasil Mineração S.A. Atuante no Brasil desde 2005, a Kinross Brasil integra o grupo canadense Kinross Gold Corporation. Em 2024, a empresa fez 16 solicitações para exploração de ouro e minério de ouro em Cristalina.

O grupo já foi alvo do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que chegou a pedir, em 2022, indenização de R$ 50 milhões por dano moral coletivo devido à empresa ter depositado rejeitos na barragem Eustáquio, em Paracatu (MG), distante 105 quilômetros de Cristalina.

De acordo com o MPMG, a prática deixou a população mineira em pânico e causou danos morais coletivos após, em maio de 2021, as sirenes de rompimento da barragem Eustáquio dispararem. O espaço tem mais de 300 milhões de metros cúbicos e é maior que as barragens rompidas nas cidades mineiras Mariana e Brumadinho.

Mais sobre os números

  • Das 10 empresas que fizeram solicitações em 2024, sete não são de Cristalina.
  • As organizações de fora de Cristalina são dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia.
  • Ao pedirem autorização, todas afirmaram à ANM que farão uso industrial dos materiais extraídos, exceto a Santa Heloísa Empreendimentos LTDA, que tem interesse em usar o quartzito para revestimento.
  • Todos os requerimentos constam como ativos no site da ANM.
  • Ao todo, a Agência Nacional de Mineração tem 306 processos ativos. O mais antigo é de 1969.

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O órgão que regula o garimpo no Brasil é a Agência Nacional de Mineração (ANM), ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Portanto, empresas e pessoas físicas interessadas em explorar o solo de Cristalina — e em qualquer outro território da União — têm de se registrar junto à ANM e pedir autorização.

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Mistério persiste, e PF investiga

Os números dão ainda mais ar de mistério para o caso. Ainda não se sabe o porquê de o garimpo ter aumentado tanto no último ano, nem quem está por trás da escalada.

Após o Metrópoles jogar luz ao caso, a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar possíveis crimes acerca do garimpo em Cristalina. A expectativa é descobrir quem está comprando toneladas de cristal, óxido de ferro e outros minerais. Há a suspeita de que pessoas ou organizações de fora do país estejam envolvidas.

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