Em um 1º de maio como este, mas em 1994, o Brasil perdeu um de seus maiores ídolos do esporte. A bordo da Williams modelo FW 16, Ayrton Senna disputava o Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1, no circuito de Ímola, quando se chocou com uma barreira de concreto na curva Tamburello, a mais de 300 km/h.


Naquele momento, o mundo parou para assistir à morte de um ídolo do automobilismo. Mas, é preciso voltar um pouco no tempo, ainda naquele fim de semana, para entender a dimensão da tragédia. Na sexta-feira, 29 de abril de 1994, durante os treinos livres, outro brasileiro sofreu um grave acidente.
Então piloto da Jordan, Rubens Barrichello acabou errando uma curva. Ele tocou numa zebra e decolou em direção à barreira de proteção da pista antes de capotar. Por sorte, Rubinho teve apenas uma luxação na costela e uma pequena fratura no nariz.
Um dia antes de Senna, Ratzenberger sofreu acidente fatal
No sábado, dia 30 de abril de 1994, a primeira tragédia aconteceu. O austríaco Roland Ratzenberger perdeu a vida aos 33 anos em um acidente fatal que abalou o automobilismo na época, inclusive o próprio Ayrton Senna.


Carro de Barrichello tirou as quatro rodas da pista antes de bater na proteção.
Rubens Barrichello, era piloto da Jordan em 1994.
Jean-Marc ZAORSKI/Gamma-Rapho via Getty Images
Ratzenberger pilotava pela Simtek
Carro de Ratzenberger ficou destruído.
Paul-Henri Cahier/Getty Images
O piloto da Simtek estava em sua primeira temporada completa na Fórmula 1, realizando o sonho de correr na principal categoria do automobilismo. Mas um dano na asa dianteira do carro que pilotava ceifou sua vida.
Em uma reta de alta velocidade, a peça danificada se rompeu, Ratzenberger perdeu o controle do veículo a mais de 300 km/h e bateu de forma violenta no muro. Atendido pela equipe médica e levado ao hospital, o piloto teve sua morte confirmada ainda naquele dia, poucas horas depois do acidente.
Bandeira austríaca no carro de Senna
Diante deste cenário e do abalo emocional dos pilotos, principalmente de Senna, que era amigo de Barrichello e Ratzenberger, era esperado que a corrida fosse cancelada. Mas isso não ocorreu e o GP foi mantido.
Após o acidente de Senna, foi encontrada uma bandeira da Áustria no carro do tricampeão. Ele homenagearia Ratzenberger ao fim da corrida, o que nunca aconteceu. Com as fatalidades, a Fórmula 1 passou por mudanças significativas, como o aumento do cockpit e a instalação de estruturas para absorvição de impacto e ampliamento da área de escape.
Muitos dizem que aquele fim de semana em Ímola 1994 seria para esquecer. No entanto, os fatos ocorridos devem ser lembrados, principalmente para celebrar a trajetória de Ayrton Senna, do Brasil.