Na tarde desta terça-feira (11/2), a viúva de Adriano de Jesus, Elaine Ferreira, que presenciou a execução do esposo e a tentativa de assassinato de seu filho, Gabriel de escapar dos disparos, prestou depoimento na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte). Durante a oitiva, uma nova informação foi revelada sobre o assassinato de seu marido, ocorrido no dia 6 de fevereiro. O autor do crime, Francisco Evaldo de Moura (foto em destaque), de 56 anos, além de empresário, é bacharel em direito e teria tentado justificar o homicídio como legítima defesa.
“Sabemos que sua formação, com isso, faz dele conhecido das leis e das possíveis defesas que poderia tentar usar. No entanto, a investigação está seguindo seu curso e temos confiança de que as evidências irão mostrar que o crime não pode ser justificado como legítima defesa”, afirmou advogado do escritório Akaoni e Cardoso Advogados Associados.
Adriano de Jesus, que tinha 50 anos, um motorista de transporte escolar, foi morto a tiros por seu vizinho, Francisco após uma série de desentendimentos entre os dois. A briga estava relacionada a questões de estacionamento, já que Francisco frequentemente reclamava dos veículos de transporte escolar de Adriano, que estavam estacionados em frente à casa da família. Para ele, a van “emitia muita fumaça” e “danificava o asfalto”.
Testemunhas do assassinato relataram que a confusão entre a vítima e o atirador começou nas primeiras horas do dia. Francisco teria ido à casa de Adriano e iniciado uma discussão após ver o carro de um dos filhos do motorista estacionado em uma área pública. Moradores da quadra disseram que o vizinho acreditava ser dono desse espaço.
Assista ao momento do crime:


Adriano de Jesus Gomes tinha 50 anos. Ele deixa a esposa e dois filhos
Reprodução
Francisco Evaldo de Moura atirou ao menos quatro vezes em vizinho
Material cedido ao Metrópoles
Carro usado por Francisco para fugir
Marca de tiros disparados pelo empresário
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo
Crime é investigado pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) como homicídio
Carro do filho da vítima. Local de estacionamento teria motivado discussão
Adriano era motorista de transporte escolar
Moradores da vizinhança não sabiam que Francisco tinha arma
Atirador disparou ao menos quatro vezes
Marca de um dos tiros
Francisco portava arma na cintura
Vizinhos relataram que desavenças eram frequentes entre Francisco e Adriano
O assassinato
Francisco sacou uma arma que portava na cintura durante uma discussão com Adriano. Ele, então, disparou contra o motorista e Gabriel. Pouco depois, deixou o local em um Chevrolet Ônix prata.
Quando o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) chegou ao local, encontrou Adriano morto, com perfurações no pescoço e no tórax.