São Paulo – O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) desconversou nesta segunda-feira (14/4) sobre a possibilidade de assumir um ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que sua prioridade é trabalhar pela reeleição do petista em 2026.
Boulos afirmou que a decisão de virar ministro caberá a Lula, mas que não houve um convite formal até o momento, embora tenha um diálogo frequente com o presidente. O deputado é um dos cotados para assumir a Secretaria Geral da Presidência.
O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo participou de um evento organizado pela oposição ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara Municipal de São Paulo. O encontro contou com a presença de vereadores, deputados e diversas lideranças partidárias da esquerda, que fizeram um “balanço crítico” dos cem primeiros dias de gestão do emedebista.
“O que está em jogo neste momento é impedir a tragédia da extrema direita voltando ao poder. O receio que eu tenho das eleições do ano que vem é o risco do retorno da extrema direita não para fazer mais do mesmo, mas fazer pior”, afirmou.
Na avaliação de Boulos, um retorno da direita ao poder em 2026 pelas urnas, após a revelação da trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela qual Bolsonaro e sete aliados se tornaram réus no Supremo Tribunal Federal (STF), seria um “salvo conduto” para outras ações de ataque à democracia.
O deputado disse acreditar que Lula é a única figura capaz de deter o bolsonarismo nas eleições de 2026.
“Acredito que é uma questão democrática e civilizatória. O Lula é o único líder capaz de derrotar a extrema direita neste momento. A esquerda precisa construir mais nomes, mas ganhamos a eleição de 2022 porque era o Lula. E isso vai se repetir em 2026. Por isso que meu empenho político é ajudar o presidente a se reeleger. E farei isso no espaço que for mais adequado”, disse o ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.
Boulos ainda defendeu que a esquerda construa nomes de consenso para a disputa do governo de São Paulo e ao Senado no próximo ano.