Um grupo de brasileiros que estava na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e Palestina, foi repatriado e desembarca na manhã desta quinta (22/5) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Das 12 pessoas trazidas em um voo comercial, seis são menores de idade. Eles vão se juntar a mais de 1,5 mil pessoas resgatadas pelo governo brasileiro desde o início da guerra na Faixa de Gaza.
De acordo com a diplomacia brasileira, a operação foi coordenada pelas embaixadas do Brasil em Israel e na Jordânia, que realizaram contatos com autoridades de ambos os países.
Em nota enviada nessa quarta (21/5), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) afirmou que uma equipe deve estar no aeroporto dedicada a acolher os repatriados.
“A equipe será responsável por encaminhar as pessoas às medidas de proteção permitidas, incluindo a articulação com as famílias e, quando for o caso, ao direcionamento para vagas na rede socioassistencial de acolhimento”, disse a pasta.
Conforme o MDS, as ações são realizadas em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e com as secretarias estaduais e municipais dos locais de origem dos repatriados.
O Itamaraty foi procurado para dar mais informações sobre o retorno dos brasileiros, mas não respondeu até a publicação desta reportagem.
De acordo com a diplomacia brasileira, a operação foi coordenada pelas embaixadas do Brasil em Israel e na Jordânia, que realizaram contatos com autoridades de ambos os países.
Escalada da ofensiva sobre a faixa de Gaza
- A saída dos brasileiros do enclave palestino coincide com o início de uma nova ofensiva israelense, anunciada pelo premiê Benjamin Netanyahu.
- Segundo o líder israelense, o endurecimento dos ataques tem como objetivo final o resgate dos reféns que ainda estão nas mãos do Hamas, assim como a tomada de controle total da Faixa de Gaza.
- Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, mais de 53 mil pessoas morreram e outras quase 122 mil se feriram na região, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
- Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou que as crianças são as que mais sofrem com a violência na Faixa de Gaza. Segundo a organização, não há local seguro no território.