São Paulo — A Câmara Municipal de São Paulo pode votar em 1º turno nesta quarta-feira (23/4) o reajuste anual dos servidores dos município. O projeto enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) prevê um aumento de 2,6% no salário do funcionalismo municipal. De acordo com o texto, um segundo reajuste, de 2,55%, ocorreria em maio de 2026.
A proposta salarial foi rejeitada pelos sindicatos que representam a categoria, que na última quarta-feira (16/4) fizeram uma manifestação em frente à Câmara e decidiram entrar em greve. Nesta terça-feira (22/4), as entidades realizaram uma nova assembleia geral e decidiram pela continuidade da paralisação.
Também nesta terça, o Colégio de Líderes da Casa indicou que o projeto pode ser pautado em plenário nesta quarta. Diante disso, o conjunto de sindicatos convocou uma nova manifestação com assembleia unificada para o mesmo dia, também em frente ao Legislativo municipal.
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“Em conversa com alguns vereadores líderes de outras bancadas, a intenção é trazer o PL 416/2025 para início das discussões e quiçá votar em primeira discussão. Isso não interrompe as conversas que estão acontecendo entre os sindicatos, vereadores e diversos partidos. Isso acontece praticamente em todos os anos”, afirmou o líder do governo Fábio Riva (MDB) durante o colégio.
Neste momento, projeto do reajuste está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem nova sessão marcada para a quarta. Na semana passada, os vereadores Sílvia Ferraro (PSol) e Thammy Miranda (PSD) pediram vista do projeto.
A mobilização dos servidores alega que o aumento não cobre a inflação acumulada desde o último reajuste. O IPC-Fipe, que mede a variação de preços no município, entre março de 2024 e março de 2025 foi de 5,16%.
Os servidores municipais também protestam contra o fato de que o reajuste do funcionalismo ligado à Câmara Municipal e ao Tribunal de Contas do Município (TCM) foi aprovado pelos vereadores com aumento percentual de 4,5%. Para eles, a diferença no reajuste desrespeita a equidade entre as categorias.