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Câncer de bexiga: novo tratamento pode reduzir risco de morte em até 25%

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, recentemente, um novo tratamento para câncer de bexiga com potencial de reduzir o risco de morte em até 25%. A aprovação foi feita para o manejo do tumor músculo-invasivo, que representa um a cada quatro casos de câncer de bexiga no Brasil.

O tratamento aprovado é a combinação de durvalumabe com quimioterapia neoadjuvante, antes de cistectomia radical (a remoção cirúrgica completa da bexiga), seguida de durvalumabe adjuvante em monoterapia, depois da cirurgia. Essa é a primeira combinação de imunoterapia e quimioterapia a demonstrar melhora significativa nas taxas de sobrevida de pacientes.

O câncer de bexiga músculo-invasivo acontece quando o tumor se desenvolve na parede muscular da bexiga, sem metástase a distância. De acordo com Fernando Maluf, oncologista e fundador do Instituto Vencer o Câncer, esse tipo de câncer é altamente agressivo, com um risco de evoluir para a doença metastática (ou seja, espalhar para outros órgãos) em, pelo menos, 50% dos pacientes.

Grande parte dos participantes com câncer de bexiga músculo-invasivo são tratados com quimioterapia neoadjuvante e cistectomia radical. No entanto, estima-se que cerca de 50% dos que realizam a cirurgia apresentam recidiva da doença.

O novo tratamento aprovado pode mudar esse cenário. Em estudo, a terapia evidenciou uma redução de até 32% no risco de eventos da doença. “Esse tratamento vem acrescentar ainda uma fatia importante em termos de taxa de cura e evitar recorrência, além do que a quimioterapia, isoladamente, fazia no pré-operatório, e além do que a cirurgia fazia também, ou sozinha, ou junto com a quimioterapia”, explica Maluf.

Em outras palavras, o novo tratamento aprovado pela Anvisa possui o potencial de aumentar a taxa de cura do câncer e de evitar a recidiva da doença em comparação ao tratamento padrão feito anteriormente.

“A recente aprovação pela Anvisa representa um avanço significativo, trazendo uma nova possibilidade de tratamento e a esperança de um prognóstico melhor”, declarou Maluf. “A incorporação do regime perioperatório com durvalumabe tem o potencial de redefinir o tratamento do câncer de bexiga músculo-invasivo, reduzindo o risco de eventos e aumentando as chances de sobrevida”, complementa.

Como funciona o tratamento e como foi feita a aprovação?

O durvalumabe é um imunoterápico, ou seja, um medicamento que estimula o sistema imunológico, ativando os linfócitos — células responsáveis por identificar e combater agentes infecciosos e células anormais, como as cancerígenas — para atacar o tumor de forma mais veemente, conforme explica Maluf.

O tratamento é indicado para pacientes que possuam invasão do tumor na camada muscular da bexiga e, eventualmente, na camada de gordura ou de órgãos adjacentes, em pacientes candidatos à quimioterapia com cisplatina.

A aprovação foi baseada no estudo de fase 3 “NIAGARA“, cujos resultados foram inicialmente apresentados durante uma sessão presidencial de mudança de prática clínica na ESMO, um dos principais congressos de oncologia do mundo, e publicados na New England Journal of Medicine. Por meio da pesquisa, foi possível observar que 82,2% dos pacientes que receberam o regime com durvalumabe estavam vivos em dois anos, em comparação com 75,2% tratados pela quimioterapia neoadjuvante.

“A aprovação do primeiro regime de imunoterapia perioperatória no tratamento de câncer de bexiga músculo-invasivo considerando durvalumabe antes, associado à quimioterapia, e depois da cirurgia, além de trazer resultados promissores de forma pioneira aos pacientes, também revela a efetividade da imunoterapia nas fases iniciais de tratamento do câncer, na qual ainda há potencial de cura”, declara Karina Fontão, diretora médica executiva de AstraZeneca no Brasil.

O perfil de segurança de durvalumabe em combinação com quimioterapia neoadjuvante foi consistente com o já conhecido de ambos os medicamentos isoladamente. A adição de durvalumabe não aumentou as taxas de descontinuação do tratamento devido a eventos adversos e não comprometeu a viabilidade dos pacientes de completar a cirurgia, comparado com a quimioterapia neoadjuvante.

“Essa aprovação é importante porque ela outra vez melhora o padrão ouro que existia, que era a quimioterapia isolada, precedendo a cirurgia e depois a cirurgia. Portanto, é uma fatia a mais de cura e de esperança para os pacientes”, finaliza Maluf.

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