São Paulo — Um cardeal brasileiro influenciou a escolha do nome do Papa Francisco, em 2013, quando o argentino Jorge Bergoglio foi conclamado o primeiro pontífice latino-americano da história da Igreja Católica.
Naquele ano, o então cardeal Jorge ficou ao lado do arcebispo de São Paulo, Cláudio Hummes, durante o Conclave, reunião na qual os cardeais elegem o papa.
Ao ver que o nome do argentino ganhava força, Dom Cláudio Hummes começou a tranquilizar o amigo, que estava aflito com a ideia de se tornar o líder da igreja católica. Quando Jorge foi confirmado como pontífice, o brasileiro disse uma frase que ficaria marcada na memória do argentino.
“Ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis”, contou o Papa Francisco, em entrevista a jornalistas, dias depois de assumir o comando do Vaticano.
1 de 21Última aparição do papa
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2 de 21J.D. Vance e papa Francisco
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3 de 21Papa Francisco participa de missa de Domingo de Ramos, no Vaticano, após ficar internado
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4 de 21Papa Francisco precisou de transfusões de sangue devido à sua grave infecção
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5 de 21Uma vela com um retrato do papa Francisco é vista fora do Hospital Policlínico A. Gemelli, onde ele estava internado para exames e tratamento de bronquite, em 18 de fevereiro de 2025, em Roma, Itália
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6 de 21Uma vela com a imagem do papa Francisco, flores e velas deixadas pelos fiéis são vistas abaixo da escultura de São João Paulo II na entrada principal do Hospital Policlinico A. Gemelli
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7 de 21Papa Francisco é argentino
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8 de 21Papa Francisco nomeia bispos auxiliares para o Rio durante internação
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9 de 21Papa Francisco precisou de transfusões de sangue devido à sua grave infecção
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10 de 21Papa Francisco em missa de Domingo de Ramos
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11 de 21Papa Francisco pediu perdão, em nome da Igreja Católica, pelos abusos sexuais de menores e a necessidade de medidas concretas para reparação
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12 de 21Papa Francisco cumprimentando fiéis
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13 de 21Papa Francisco durante celebração
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14 de 21Capitães de Itália e Argentina, Messi e Buffon reverenciaram o líder da Igreja Católica
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15 de 21Papa Francisco
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16 de 21O Vaticano comunicou que o Papa Francisco foi internado em emergência para tratar de uma laparocele, em junho
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17 de 21J.D. Vance e Papa Francisco
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18 de 21J.D. Vance e Papa Francisco
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19 de 21J.D. Vance e Papa Francisco
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20 de 21Macron e Papa
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21 de 21Papa Francisco em sacada do hospital em Roma antes de receber alta
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Em homenagem a São Francisco de Assis, defensor dos pobres, ele escolheu, então, ser chamado de Francisco, simbolizando que sua gestão à frente da Igreja Católica não esqueceria a população mais vulnerável. A mudança de nome entre os escolhidos como papa faz parte de uma tradição católica antiga e busca deixar um recado sobre a missão de cada papado.
Nesta segunda-feira (21/4), após doze anos no posto, o Papa Francisco morreu, deixando no Vaticano uma gestão marcada pela simplicidade, pela busca da paz e por uma maior aproximação da igreja católica com a população.
Relembre a trajetória do papa Francisco
- Filho de imigrantes italianos, Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936
- Foi eleito pontífice em 13 de março de 2013. Escolheu a identidade de Francisco em referência a São Francisco de Assis
- O primeiro papa latino-americano sucedeu o alemão Bento XVI após a renúncia
- Bergoglio se formou em química. Decidiu seguir a vida sacerdotal aos 20 anos, em 1957. Trabalhou como professor de literatura e psicologia no início da década de 1960
- Ele concluiu doutorado em teologia pela Universidade de Freiburg, na Alemanha
- Como pontífice, Francisco adotou um discurso mais flexível e chegou a ser duramente criticado. Foi considerado um papa mais progressista
Quem foi Cláudio Hummes
O arcebispo brasileiro responsável por influenciar a ideia do nome, Cláudio Hummes, ocupou cargos importantes na igreja, e morreu aos 87 anos, vítima de um câncer de pulmão.
Nascido em Salvador do Sul, no Rio Grande do Sul, o arcebispo era conhecido como Dom Cláudio e entrou na vida religiosa pela Ordem Franciscana dos Frades Menores. Em 1958 recebeu ordenação sacerdotal e em 1975 teve a ordenação episcopal.
Foi bispo diocesano de Santo André (SP), e arcebispo de Fortaleza e de São Paulo. Entre 2006 e 2011, trabalhou com o papa Bento XVI, em Roma, como prefeito da Congregação para o Clero.
No Brasil foi presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e da Conferência Eclesial da Amazônia.