São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), descartou flexibilizar os horários dos blocos de Carnaval na cidade em razão do calor.
As bancadas feministas do PSol na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa entraram com uma representação no Ministério Público de São Paulo pedindo a ampliação do horário do Carnaval de rua.
De acordo com o Guia da Prefeitura, os blocos estão autorizados a começar às 10h e desfilar até 18h, e precisam ser dispersos até 19h.
Na representação, os parlamentares pedem que o horário de início seja adiantado para 9h e que os blocos tenham autorização para terminar até 21h, com a dispersão do público até 22h. A mudança tem como objetivo reduzir o tempo de exposição dos foliões ao período de maior incidência do sol.
Ao negar mudar os horários, Nunes justificou dizendo que o evento mobiliza efetivos da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM), além de equipes médicas, ambulâncias, zeladoria e limpeza urbana. Segundo Nunes, ampliar o horário de término dos blocos para mais tarde deixaria os blocos desguarnecidos dessa estrutura.
“Quando a gente fala de um Carnaval de rua com mais de 15 milhões de pessoas, por trás de tudo isso tem um conjunto volumoso de profissionais. Se a gente não cumprir os horários, vamos colocar em risco toda uma organização. Peço encarecidamente para que os blocos compreendam. Para que a gente possa ter um bom Carnaval é necessário entender que tem toda uma estratégia e uma infraestrutura que precisa cumprir esse cronograma. Não vamos abrir mão do horário de encerramento, até porque a Polícia Militar não tem concordância. Cumpriremos com rigor os horários acordados”, afirmou o prefeito durante agenda na zona sul da cidade.
Em relação à distribuição de água durante os bloquinhos, Ricardo Nunes afirmou que os locais de maior concentração de público terão tendas da Sabesp com fornecimento de água. Segundo o prefeito, o serviço será ampliado em relação ao Carnaval do ano passado.
Sambódromo
Nunes também afirmou que o Sambódromo do Anhembi está pronto para receber o desfile das escolas de samba após uma vistoria realizada em janeiro pela SPTuris, empresa da prefeitura responsável pelo evento, apontar falhas e necessidade de reformas no local.
A prefeitura chegou a abrir procedimento para aplicação de penalidade contra a GL Events/Distrito Anhembi depois constatar diversas “desconformidades” no espaço, que colocariam em risco o público e os membros das escolas que desfilam.
A fiscalização apontou problemas de infiltração, paredes descascando, manchas no teto, banheiros sujos, ausência de torneiras e portas quebradas.
Nesta terça, Nunes afirmou que a gestão municipal conversou com a concessionária, que adequou o calendário de obras no Sambódromo. “Hoje está dentro do cronograma e não terá problema nenhum nos desfiles. As obras estão totalmente dentro do prazo”.
Segundo o prefeito, não houve necessidade de aplicação de multa à empresa.