São Paulo — A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) indiciou, nesta terça-feira (11/3), três suspeitos de participarem do assassinato de Vinícius Gritzbach, no aeroporto de Guarulhos, na grande São Paulo.
Segundo a pasta, um dos três indiciados é apontado como mandante do crime. Eles seguem foragidos. O inquérito policial sobre o homicídio de Gritzbach será relatado e encaminhado ao Ministério Público (MPSP) e à Justiça ainda nesta semana, garantiu a SSP.
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Um novo inquérito policial será aberto para apurar a participação de outros envolvidos, porém vai focar nas prestações de auxílio material e pessoal aos criminosos e não nos participantes do homicídio em si.
Denúncia do MPSP
A Justiça aceitou, em fevereiro deste ano, uma denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e tornou réus 12 pessoas, entre elas oito policiais civis, empresários e um advogado.
Os cinco promotores apontam que Gritzbach “exerceu papel estruturante na construção e funcionamento de um sofisticado esquema financeiro ilícito”.






Antônio Vinícius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo
Câmera Record/Reprodução
Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado
TV Band/Reprodução
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
Reprodução/TV Band
O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Reprodução/TV Band
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Divulgação
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
Leonardo Amaro/ Metrópoles
Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto
Leonardo Amaro/ Metrópoles
Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos
Reprodução
Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto
Reprodução
Reprodução
Na decisão, o juiz Paulo Fernando Deroma De Mello, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, recebeu a denúncia e escreveu que “há provas evidentes da materialidade e fortíssimos indícios de autoria por parte dos acusados”.
Veja os denunciados
- Ademir Pereira de Andrade: empresário suspeito de ser operador financeiro do PCC foi denunciado por por organização criminosa e extorsão;
- Ahmed Hassan Saleh: conhecido como Mude, o advogado foi denunciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas;
- Eduardo Lopes Monteiro: investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro;
- Fabio Baena Martin: delegado da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Marcelo Marques de Souza: conhecido como Bombom, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Marcelo Roberto Ruggieri: conhecido como Xará, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Robinson Granger de Moura: conhecido como Molly, o empresário foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Rogerio de Almeida Felicio: conhecido como Rogerinho, o policial civil foi denunciado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro;
- Alberto Pereira Matheus Junior: delegado da Polícia Civil foi denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção passiva;
- Danielle Bezerra dos Santos: esposa de Rogerinho e viúva de um gerente do PCC foi denunciada por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Valdenir Paulo de Almeida: conhecido como Xixo, o policial civil foi denunciado por organização criminosa e corrupção passiva;
- Valmir Pinheiro: conhecido como Bolsonaro, o policial civil foi denunciado por organização criminosa.
Em nota ao Metrópoles, a defesa de Fabio Baena e Eduardo Monteiro afirmam que a denúncia “é recheada de ilações, sem qualquer elemento sério a respaldá-la”.
“É inadmissível estar ancorada nas elucubrações do mitômano e criminoso confesso, Vinícius Gritzbach. Aguarda-se que agora a Justiça analise e decida de forma adequada e isenta os pedidos da Defesa, fazendo cessar a injusta coação imposta aos nossos clientes”, afirmou.