São Paulo — Seis pessoas são investigadas por envolvimento com a morte de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, encontrada decapitada em uma área da mata de Cajamar, na região metropolitana de São Paulo. Elas são o ex-namorado da vítima, o atual ficante, dois suspeitos que interagiram com ela em um ônibus e dois que mexeram com ela quando passavam de carro enquanto ela esperava o coletivo.
O ex-namorado da vítima, Gustavo Vinícius Santos, se apresentou à Delegacia de Cajamar na tarde desta quinta-feira (6/3). Segundo o delegado responsável pelo caso, Aldo Galiano Junior, Gustavo Vinícius se apresentou espontaneamente porque “está se sentindo coagido e correndo risco”. Ele não ficou preso.
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Família reconheceu jovem decapitada em SP pelas tatuagens e piercing
Segundo Galiano, há inconsistências temporais no depoimento de Gustavo em relação aos demais envolvidos. A fala dele “está fora de todo o contexto da cena que nós reconstituímos em termos de horário”.
Além do ex-namorado, outras 13 pessoas prestaram depoimentos à polícia.





Vitória em festa de formatura
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Vitória Regina de Souza, de 17 anos
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Corpo da jovem foi encontrado com sinais de tortura
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Jovem desapareceu em Cajamar, na região metropolitana de SP
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O corpo da adolescente foi localizado e reconhecido por familiares por causa de tatuagens no braço e na perna e de um piercing no umbigo
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O corpo da adolescente foi localizado e reconhecido por familiares por causa de tatuagens no braço e na perna e de um piercing no umbigo. Aldo Galiano Junior explicou que a adolescente foi “muito machucada e a cabeça foi encontrada raspada”, também no local onde o corpo estava.
De acordo com o delegado do caso, a jovem foi decapitada e apresentava sinais de tortura.
Em nota, a SSP afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição. Foram requisitados exames periciais e exames ao Instituto Médico Legal (IML) para o corpo da vítima. Os laudos estão em elaboração.
Desaparecida após notar suspeitos
Vitória desapareceu quando voltava do trabalho. Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus em Cajamar e, posteriormente, entrando no transporte público.
Veja:
Antes mesmo de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
“Passou uns caras no carro e eles falaram: ‘e aí, vida? tá voltando?’ Vou ficar mexendo no celular, não vou nem ligar pra eles”
Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que a causaram medo.
Em seguida, ela entra no ônibus e diz que os dois subiram com ela no transporte público – e um sentou atrás dela.
Veja as mensagens:



Jovem mandou mensagem assustada para a amiga
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Jovem mandou mensagem assustada para a amiga antes de sumir
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Vitória diz que dois meninos estavam a assustando e que entraram no mesmo ônibus que ela
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Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga dizendo que os dois não haviam descido com ela. “Ta de boaça.”