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Com a renda fixa bombando no Brasil, ainda vale investir no exterior?


O Banco Central do Brasil elevou a Selic para 14,75% ao ano nesta semana, o maior patamar em quase duas décadas, tornando os títulos de renda fixa locais ainda mais atrativos. O Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), por outro lado, manteve os juros entre 4,25% e 4,50% pela terceira vez consecutiva. Diante desse cenário, por que investir no exterior?

Segundo especialistas, as razões passam por diversificação do patrimônio, proteção em moeda forte (especialmente o dólar) e acesso a mercados maiores e mais variados do que o brasileiro.

‘’Na nossa perspectiva, investir internacionalmente é mais uma ferramenta essencial para trazer diversificação geográfica e descorrelação ao portfólio, combinados com proteção cambial, manutenção do poder de compra frente ao dólar e também acesso a temáticas não existentes no mercado local ou a instrumentos também conservadores lá fora’’, disse Diego Correia, líder executivo na área de investimentos internacionais da XP.

Correia falou que o risco do Brasil é estruturalmente elevado e que, mesmo em cenários positivos, a renda certa e segura atual pode mudar rapidamente. Por isso, concentrar 100% do patrimônio no país expõe o investidor a riscos políticos, fiscais e econômicos locais, falou, e a alocação internacional pode servir de contrapeso a esses fatores.

Dólar está em tudo – até no cafezinho

Mesmo com a atratividade dos títulos brasileiros, uma parte importante da tese de investimentos no exterior está na proteção cambial. Desde sua criação, em 1993, o Real já perdeu cerca de 80% do seu valor frente ao dólar. Além disso, a moeda gringa afeta o cotidiano do brasileiro. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), publicado este ano, apontou que o dólar impacta entre 16% e 18% da cesta de consumo local.

‘’Às vezes se pensa que o dólar não tem um impacto no nosso dia a dia, mas muito pelo contrário. Se a gente for olhar todas as marcas e os alimentos que a gente consome, como carne, pão, café e milho (commodities), elas são cotadas no mercado internacional’’, disse Juliana Benvenuto, sócia e coordenadora de conteúdo da Avenue.

Onde investir na renda fixa?

Apesar de menores em comparação com o Brasil, as taxas de juros nos EUA estão em níveis historicamente altos. Antes da pandemia, por exemplo, os juros estavam por volta de 2,5% ao ano. Atualmente, o mercado já precifica cortes de até 0,90 ponto percentual ao longo de 2025.

“Isso significa que agora é o momento ideal para investimentos pré-fixados. Hoje, é possível investir em títulos de grandes empresas globais com rendimento acima de 4,5% ao ano – com baixo risco. Se o investidor esperar, essas taxas devem cair e ele terá que buscar alternativas mais arriscadas para buscar o mesmo retorno’’, disse Lara Rates, sócia da One Investimentos.

Renda variável também entra no radar

O ano começou turbulento para as bolsas americanas, em razão da guerra tarifária iniciada pelos EUA, que aumentou a aversão ao risco e derrubou o valor de mercado de grandes empresas. Ainda assim, o histórico de longo prazo reforça o potencial do mercado americano. Nos últimos 10 anos, o índice S&P 500 subiu quase 190%, segundo cálculos de Correia, da XP.

O CDI, para efeito de comparação, rendeu 142% (38% de ganho real).

Para João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, é um erro considerar que os acontecimentos do início do ano vão se manter no longo prazo. Segundo ele, o investidor deveria aproveitar o momento para olhar com mais atenção para a renda variável, especialmente o setor de tecnologia.

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”Estamos vendo os investimentos das empresas em inteligência artificial avançando e isso vai gerar retorno em excesso para as empresas no médio e longo prazo, então acho que quem aproveitar esse momento, vai sim estar comprando a preços extremamente interessantes’’, disse.

Ele também vê potencial na Europa. Segundo Piccioni, o fluxo de recursos para o velho continente, impulsionado pelas tarifas dos EUA, pode beneficiar o mercado acionário da região, que andou de lado nos últimos anos. Em 2025, o índice europeu STOXX 600 registrou sua maior sequência de ganhos em quase quatro anos.

Como deve ficar a carteira?

De acordo com o time de alocação da XP, o percentual mínimo recomendado para investir diretamente no exterior é de 15% do patrimônio financeiro. Desse percentual total, a sugestão é alocar 55% na renda fixa lá fora (42% em títulos públicos e 13% em títulos corporativos), 40% na renda variável (sendo 60% no mercado de ações americano), 5,5% em investimentos alternativos e 2% em fundos com liquidez imediata, conhecidos como money market.

Riscos

Antes de investir fora, é importante considerar os riscos. Além da volatilidade cambial e incertezas sobre juros e impostos, fatores geopolíticos também podem pesar. ‘’No cenário geopolítico, a intensificação das tensões comerciais, especialmente entre os Estados Unidos e a China, pode afetar os mercados globais. A imposição de tarifas elevadas e outras medidas podem gerar instabilidade nos mercados financeiros, impactando os investimentos internacionais’’, disse Dra. Luciana Maia Campos Machado, professora de Finanças da FIPECAFI.



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