São Paulo — O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) afirmou neste domingo (11/5) que o escândalo dos descontos indevidos contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelado pelo Metrópoles, vai terminar “agora”, mesmo após ter começado no passado. A declaração foi dada a jornalistas na 5ª Feira da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que acontece no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo.
“Sobre o INSS, é importante destacar o seguinte: não começou agora. Infelizmente, começou lá atrás, mas vai terminar agora. Já foi totalmente suspenso, não tem mais nenhum desconto”, afirmou o presidente em exercício enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda externa na cúpula dos Brics.
Veja imagens de Alckmin na Feira do MST:
O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023 que mostrou como a arrecadação com descontos de mensalidade havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações que praticavam respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS, Alessandro Sfefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
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Neste domingo, Alkmin afirmou, ainda, que, no próximo pagamento, vão ser devolvidos R$ 298 milhões para aposentados e pensionistas. “Não deu tempo de brecar o pagamento, então, o que foi descontado já vai ser devolvido no próximo pagamento”, disse o presidente em exercício.
O vice-presidente também disse que o INSS já comunicou 20 milhões de pessoas que não tiveram descontos e que, aqueles lesados, podem consultar como ter acesso à devolução imediata por meio da plataforma Meu INSS.