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Como medida de Trump impacta o mercado audiovisual brasileiro

Donald Trump ampliou a política de taxações e anunciou que produções cinematográficas feitas fora dos Estados Unidos (EUA) precisarão pagar 100% de taxas para serem exibidos no país. A medida, de acordo com ele, visa manter a produção dentro do país e, assim, fomentar a cultura local. Entretanto, com os EUA sendo um dos centros do mundo, não somente nessa área, a medida pode trazer mudanças significativas para o segmento.

Segundo o presidente, a principal justificativa para a medida é a de que a indústria do cinema dos Estados Unidos está morrendo rápido, porque muitos cineastas estão cruzando as fronteiras para gravar e, depois, voltam com o filme pronto para exibição. A situação também impacta obras de outros locais do mundo, inclusive as brasileiras.

Ao Metrópoles, especialistas analisam o cenário após a alteração do mandatário e indicam o que pode mudar daqui para a frente.

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Ainda Estou Aqui

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Cena do filme Ainda Estou Aqui
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Walter Salles com estatueta do Oscar de Melhor Filme Internacional

Arturo Holmes/WireImage

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A situação ainda não ficou muito clara e a citação a filmes estrangeiros ainda é meio vaga na visão da produtora e consultora audiovisual Marina Rodrigues. Caso sejam somente taxadas as obras estadunidenses filmadas em outros países, ela acredita que isso vai muito além da indústria cinematográfica, como políticas públicas e de benefício fiscal.

A especialista explicou ainda que as produtoras podem começar a correr atrás de mercados muito rentáveis, como o brasileiro. “A gente pode ter, por exemplo, um afrouxamento nas regras da cota de tela que acabou de voltar. Mas ainda é uma questão a ser entendida mais a fundo.”

Para Neusa Nunes, professora de economia no curso de cinema e audiovisual da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a medida não terá mudanças para o cinema nacional, já que Trump costuma voltar atrás após algumas declarações.

“A produção nacional de cinema, com o objetivo de internacionalizar, já nasce em um formato contratual que essa mudança não impactaria. O filme estaria lá, de qualquer forma, no exterior. O que poderia mudar seria a audiência, mas eu acho que também não tende a ter esse impacto todo“, completou.

Gisele Jordão, coordenadora do curso de cinema na ESPM, alegou que o cinema nacional poderia sofrer um impacto de forma indireta, mas de maneira significativa, “dificultando as estreias comerciais e reduzindo algumas oportunidades de negócios”. Para ela, como o Brasil tem desafios estruturais, culturais e orçamentários, o enfraquecimento de parcerias internacionais poderia comprometer o audiovisual brasileiro

“Se o Brasil investir de uma forma estratégica nessa internacionalização do audiovisual, eu imagino que ela possa diminuir a dependência de mercados como os Estados Unidos ou quaisquer outros. A criação das políticas estruturantes, como os fundos de fomento, incentivo à exportação cultural e à formação de público, pode ser essencial para garantir essa competitividade e a presença internacional em um cenário um pouco mais fragmentado”, completou.

Reação do mercado brasileiro

A medida, caso seja mantida, traz uma dúvida sobre como o mercado brasileiro vai reagir. As especialistas analisaram que há alguns caminhos que a indústria nacional pode seguir.

Neusa acredita que a nova taxação pode tirar um pouco da liberdade criativa, mas, no aspecto econômico, não há o que temer. “Esse filme, quando ele vai para o exterior, tem um público muito específico, que eu acho que a gente poderia caracterizar como de uma elite intelectual, pessoas que estão vivendo nas partes mais nobres dos Estados Unidos, não é um filme que vai ser ali exibido para um grande volume”, completou.

Para Marina, o streaming pode ser uma opção de destaque. “Querendo ou não é uma janela de exibição relevante. Se Trump for para frente com essa questão da taxa, acredito que o mercado audiovisual brasileiro vai querer que as casas legislativas imponham o que a gente já tem de projeto de lei sancionada, que é a questão da reciprocidade.”

Esse também é um ponto que a especialista acredita que possa ser aplicada por outros países do mundo, visto que o mercado cinematográfico dos Estados Unidos é um dos maiores.

Outras oportunidades de internacionalização, com alternativas de inserção em novos mercados, pode ser um caminho buscado por produtores brasileiros, segundo Gisele. Ela acredita que a presença em festivais, circuitos independentes e entrada em streamings podem ser uma forma de retratação imediata.

“No entanto, vamos lembrar que a ausência da regulamentação dos streamings no Brasil limita a capacidade do país de transformar essa migração de consumo em ganho estruturado para a nossa produção.”

Para ela, a situação pode trazer um novo vetor para a exportação das obras nacionais, mas que é necessário ter “mecanismos legais que garantam visibilidade de financiamento e remuneração para os conteúdos nacionais”. “É necessário fortalecer a legislação e a infraestrutura para isso. Por outro lado, na outra visão, se possível, o país pode aproveitar esse momento para instituir regras que obriguem as plataformas a investir em conteúdo nacional”, encerrou.

Como fica o Oscar?

Uma das regras para os filmes concorrerem ao Oscar, o maior prêmio do cinema mundial, é que eles sejam exibidos em uma das seis áreas metropolitana qualificadas dos EUA: Los Angeles, Nova York, São Francisco, Chicago, Dallas-Fort Worth e Atlanta.

A nova medida de Donald Trump, entretanto, pode impactar, diretamente, que produções filmadas fora dos Estados Unidos concorram a uma estatueta. Para Marina Rodrigues, essa situação vai tornar mais difícil a campanha do Oscar, que já é cara.

“É uma campanha que exclui mais da metade dos filmes brasileiros que são feitos por ano. Você colocar mais uma sobretaxa em cima dessa exibição com certeza faz até a gente repensar se realmente vale a pena peitar uma campanha até o final”, declarou, analisando que será difícil para o Brasil ganhar uma segunda estatueta.

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