Com o bom desempenho do Ibovespa em abril, a Bolsa volta a chamar atenção de alguns investidores. Para quem quer aproveitar a renda passiva vinda de dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio (JCP) de empresas que ainda performam bem, mesmo com a Selic alta, opções não faltam em maio.
Este mês, 60 companhias já programaram a distribuição de dividendos. Para aproveitar as próximas oportunidades, especialistas vêm recomendando empresas já consolidadas em seus setores e com histórico robusto de distribuições, características ideias para a construção de um portfólio de renda passiva.
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O InfoMoney compilou as carteiras de ações de dividendos das principais corretoras em maio para mostrar as melhores opções, segundo especialista. A lista deste mês tem, novamente, a ação da Petrobras (PETR4) como a mais recomendada.
O papel da CPFL (CPFE3), que apareceu na carteira de abril, perdeu uma recomendação e não ficou entre as cinco mais indicadas de maio. A ação da Tim (TIMS3), que dividiu a segunda posição com o Banco do Brasil (BBAS3) no mês passado, perdeu duas indicações e também deixa a lista.
O Itaú (ITUB4), que lidera a carteira geral em maio, foi recomendado por três corretoras e, portanto, também não entra na lista.
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Confira as ações de dividendos mais recomendadas para investir em abril e o dividend yield (DY, retorno com dividendos) nos últimos 12 meses até o fechamento da última sexta-feira (2):
Ação | Nº de recomendações | Dividend Yield |
Petrobras (PETR4) | 7 | 17,75% |
Banco do Brasil (BBAS3) | 6 | 9,45% |
Telefônica Brasil (VIVT3) | 4 | 3,76% |
Copel (CPLE6) | 4 | 8,70% |
Direcional (DIRR3) | 4 | 13,96% |
Petrobras (PETR4)
Na contramão do Ibovespa, a ação da Petrobras recuou 17,3% em abril. O BTG Pactual diz reconhecer que não previu totalmente os riscos de queda nos preços do petróleo na esteira das tarifas de importação dos Estados Unidos. Porém, mesmo sem otimismo na recuperação da cotação do petróleo, o banco mantém a Petrobras em sua carteira de dividendos. “Essa visão é parcialmente apoiada pela noção de que a ação pode oferecer alguma proteção contra a queda no caso de uma diminuição dos riscos de oferta e demanda do petróleo”.
Banco do Brasil (BBAS3)
A Terra Investimentos destaca a melhora no controle de custos, forte presença no agronegócio, baixos níveis de inadimplência e “expansão de crédito mais prudente” do banco como argumentos a favor da alocação no ativo em maio.
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Telefônica Brasil (VIVT3)
“O momento operacional da Vivo deve continuar sólido ao longo dos próximos meses, pois esperamos que todas as unidades de negócios continuem mostrando fortes tendências”, diz o Santander, em relatório. As ações da companhia são negociadas atualmente na casa dos R$ 27,60 e o preço-alvo do banco para o papel até o fim de 2025 é de R$ 31,50.
A XP decidiu aumentar o peso da elétrica paranaense em sua carteira, tornando-a uma das mais pesadas do portfólio, com participação de 12,5%. “Acreditamos que a companhia está bem posicionada para aproveitar o momento de maiores preços de energia dada sua posição de energia descontratada”, justifica a casa, em relatório.
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Direcional (DIRR3)
A Ativa Investimentos incluiu o papel da construtora em sua carteira de dividendos “a fim de capturar possíveis dividendos extraordinários com a companhia esse ano, em especial com o recebimento de capital por parte da Riza com a alienação de participação societária da Direcional na Riva”.