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Coopera+ terá investimento de R$ 16,9 mi em cooperativas de reciclagem

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançou, na terça-feira (6/5), o Coopera+, programa que investirá R$ 16,9 milhões na industrialização da cadeia da reciclagem no Distrito Federal, com foco nas cooperativas de catadores. O evento ocorreu na sede da Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop), rede de cooperativa beneficiada, e reuniu cerca de 1,5 mil pessoas, entre trabalhadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil.

Na ocasião, a ABDI firmou convênios com três redes de cooperativas de catadores do DF, beneficiando em torno de 30 cooperativas e 1,1 mil catadores. A iniciativa tem como objetivo ampliar em até 30% a produtividade da coleta seletiva, triagem e tratamento de resíduos recicláveis, além de aumentar em 20% a renda dos catadores, reforçando o papel essencial dessas cooperativas na economia circular.

Estiveram presentes o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo; o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg; e a diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida.

As falas das autoridades destacaram o impacto estrutural da iniciativa. O presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, ressaltou o papel estratégico da indústria recicladora e o impacto positivo sobre a vida dos trabalhadores do setor.

“Essa é a indústria que transforma, é a indústria que trabalha com a sustentabilidade, com esses desafios climáticos que a gente tem, porque reaproveita a matéria-prima. Reaproveita o resíduo como matéria-prima para a indústria”, afirmou.

Segundo Cappelli, o projeto fortalece não apenas a indústria da reciclagem sustentável — que abastece setores como o químico —, mas também promove inclusão social. “A gente está falando da vida das pessoas. E eu, nesse contato, na construção desse projeto, tenho aprendido todos os dias com os catadores”, disse. “Eles vão poder produzir mais, de forma mais digna, com empilhadeiras, esteiras, uma série de equipamentos que vão ajudar muito, aumentando a produtividade, a competitividade”, completou.

O vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou a importância do cooperativismo para estruturar a cadeia da reciclagem no Brasil e promover inclusão produtiva.

“Cooperativismo faz diferença, porque ele permite agregar valor, entregar direto na indústria, ter melhor renda, melhor logística, mais mercado”, disse.

Alckmin destacou ainda ações do governo federal. “Abrimos crédito através do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Aumentamos o imposto de importação para resíduos, para valorizar o trabalho aqui de todas e todos vocês”, afirmou, referindo-se também à recente medida que restringe a importação de resíduos recicláveis.

Para o ministro Márcio Macedo, o programa simboliza um novo olhar do Estado brasileiro sobre os catadores. “É o Estado, através de uma agência voltada para a indústria, cuidando dos catadores. Isso fortalece essa pegada empreendedora. São 1.100 catadores e catadoras beneficiados diretamente por essas ações aqui”, completou. O ministro convidou oficialmente a ABDI para compor o Comitê Interministerial para Inclusão Socioeconômica de Catadoras e Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis – CIISC, e o programa Pró-Catadores.

“É importante que ABDI participe para nos ajudar nessa jornada de fortalecer a cadeia produtiva dos catadores e catadores”, explicou.

Perpétua ressaltou o papel das mulheres na transformação do setor e na construção de uma nova lógica industrial, mais sustentável e inclusiva. “Aqui é um público de maioria mulheres. Por isso que dizem que as mulheres são a grande alavanca do planeta. Elas estão aqui trabalhando para transformar resíduo em luxo”, afirmou a diretora.

Para a diretora, a nova indústria se baseia em práticas que reduzem o impacto ambiental e geram renda para milhares de famílias. “Essa é a nova indústria: é tirar menos do planeta, é evitar com que o lixo vá para os rios, e a gente faça disso o ganha-pão de todas as nossas famílias”, completou.

Vozes da base: catadores destacam dignidade, estrutura e esperança

Cleusimar Andrade, presidente da Rede Alternativa, comemorou a oportunidade de nivelar os cooperados com melhores condições de venda direta à indústria. “Esse projeto está nivelando todos os nossos cooperados. Hoje, a gente já consegue melhorar a nossa vida e vender direto para a indústria”, disse.

Cláudia Maria Alves de Morais, presidente da Central Centro-Oeste (CCO), agradeceu pelos equipamentos recebidos. “Esses equipamentos são de grande valia. Neste momento, duas cooperativas estão sendo atendidas, mas sabemos que o projeto vai se estender para as demais”, afirmou.

Aline Sousa, diretora e ex-presidente da Centcoop, emocionou-se ao falar da trajetória das cooperativas durante o evento. “Todo mundo sabe como é difícil estruturar a reciclagem no Brasil. E aí vem uma agência voltada para a indústria e investe quase 17 milhões de reais nas cooperativas. A indústria está investindo no segmento certo. Reciclagem não é barata, ela precisa ser viabilizada, e é isso que a ABDI está fazendo”, apontou.

Lucia Fernandes do Nascimento, presidente da Centcoop, destacou como os equipamentos poderão proporcionar melhores condições de trabalho e de negociação para os catadores. “Hoje são 24 cooperativas, e 20 serão beneficiadas. Com essa vinda desses caminhões, essas cooperativas terão poder e autoridade para comercializar seu material”, falou a presidente.

Equipamentos, estrutura e impacto

Entre os equipamentos que serão entregues com os recursos do programa Coopera+ estão:

  • 23 caminhões
  • 2 equipamentos compactadores
  • 12 contêineres
  • 1 equipamento de roll-on/roll-off
  • 2 prensas
  • 4 esteiras
  • 4 plataformas
  • 2 mini pás carregadeiras
  • 3 empilhadeiras
  • 60 carrinhos porta big bag
  • Sistemas de pesagem
  • Consultorias em processos produtivos, logística e economia circular

As entregas beneficiarão diretamente cerca de 30 cooperativas do DF, que integram três grandes redes: CENTCOOP, Rede Alternativa e a CCO, somando cerca de 1,1 mil catadores. Com isso, estima-se um aumento de 15% a 30% na produtividade da coleta seletiva, triagem e tratamento de resíduos recicláveis, 10% a 30% a mais no número de trabalhadores, e um crescimento de até 20% na renda dos catadores.

Hoje, a CCO comercializa cerca de 700 toneladas de materiais recicláveis por mês. Já as sete cooperativas da Rede Alternativa geram mensalmente 180 toneladas. A Centcoop, segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), responde por 25,25% das compras de materiais recicláveis no DF — aproximadamente 867 toneladas mensais.

Catadores no centro da nova economia – A profissionalização da gestão e a industrialização da operação vão preparar as cooperativas para uma nova realidade econômica. A expectativa é que a eficiência logística, os novos equipamentos e o acesso a consultorias especializadas reduzam custos, ampliem o faturamento e fortaleçam as centrais de comercialização. Tudo isso com protagonismo dos catadores, que deixam de ser invisíveis para se tornarem peça-chave de uma nova política ambiental e produtiva.

Modelo para o Brasil

Além de estruturar a cadeia da reciclagem no DF, o Coopera+ foi concebido como modelo de política pública replicável nacionalmente. A iniciativa está alinhada à Política Nacional de Resíduos Sólidos, ao Plano Nacional de Inclusão Produtiva e à Estratégia Nacional de Economia Circular, convergindo com os objetivos da Nova Indústria Brasil, que busca um setor produtivo mais verde, justo e inovador.

O Coopera+ também dialoga com o Recircula Brasil, plataforma nacional lançada pela ABDI e ABIPLAST que conecta os elos da cadeia de reciclagem e promove a rastreabilidade dos resíduos desde a origem — geralmente nas cooperativas. A ferramenta já articula mais de 300 fornecedores de sucata plástica em 11 estados e será essencial para ampliar o acesso das cooperativas a novos modelos de negócio e créditos de reciclagem.

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