A Coreia do Norte admitiu, pela primeira vez, neste domingo (27/4), o envio de tropas para lutar na guerra da Ucrânia ao lado da Rússia. A informação foi confirmada pela agência estatal norte-coreana KCNA.
As tropas teriam participado dos confrontos em Kursk, na Rússia, “demonstrando heroísmo em massa, bravura incomparável e espírito de abnegação”, informou a agência.
“Sob a ordem do chefe de Estado, as subunidades das forças armadas da República consideraram o território da Rússia como parte de seu próprio país e provaram a firme aliança entre os dois países”, comunicou a Central de Comissão Militar da Coreia do Norte.




Vladimir Putin e Kim Jong-un se encontram na Rússia
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Putin presenteia Kim com limusine de R$1,5 milhão
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Versões diferentes
A Rússia afirmou que as tropas da Ucrânia foram expulsas do último povoado da região de Kursk. No entanto, Kiev negou a informação e indicou que ainda há operações em Belgorod, outra área russa que faz fronteira com a Ucrânia .
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o exército do país ainda resiste e luta por Kursk.”Nossos militares continuam a realizar tarefas nas regiões de Kursk e Belgorod – estamos mantendo nossa presença em território russo”, disse o líder ucraniano.
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Parceria
A Comissão Militar Central norte-coreana ressaltou que Kim Jong-un tomou a decisão de enviar tropas para a Rússia com base em um tratado de parceria estratégica, assinado com Vladimir Putin em 2024.
“Sob a ordem do chefe de Estado, as subunidades das forças armadas da República consideraram o território da Rússia como sendo de seu país e provaram a firme aliança entre os dois países”, informou a KCNA.
Em março, autoridades da Coreia do Sul informaram que, entre janeiro e fevereiro, a Coreia do Norte enviou mais três mil soldados para a Rússia.