Após os advogados do coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Paulo José Bezerra acusarem o também réu Jorge Eduardo Naime de “criar uma dissimulação” e do “esvaziamento proposital do Departamento Operacional (DOP)”, a defesa de Naime rebateu as afirmações. Na visão dos defensores de Naime, Paulo José tenta “enganar o STF“. Os dois coronéis são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do processo que investiga sete oficiais da PMDF por suposta omissão durante os atos de 8 de janeiro de 2023.
Em nota, a defesa de Naime afirma que as acusações de Paulo José são falsas. “O que se verifica, infelizmente, é um movimento articulado da alta cúpula da PMDF e da Secretaria de Segurança Pública, com o claro objetivo de desviar o foco dos verdadeiros responsáveis”, diz o texto.
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A defesa do coronel ainda diz serem falsas as acusações de que ele teria esvaziado propositalmente o Departamento Operacional da PMDF, e narrou que os afastamentos dos oficias, à época, foram autorizados pelo então subcomandante da corporação, Klepter Rosa Gonçalves.
“O tenente-coronel Condi estava de férias desde o início de dezembro de 2022 — antes mesmo das férias de Naime — com afastamento regularmente registrado e retorno previsto para 09/01/2023. O coronel Cleber Antunes não teve férias autorizadas por Naime. Não há qualquer documento que comprove essa alegação. O que existe nos autos são registros de férias assinados pelo então chefe do DOP, coronel Alcenor, com aval do subcomandante-geral à época, Cel Klepter. Todos os demais coronéis afastados obtiveram autorização expressa do subcomandante-geral — única autoridade competente para isso à época — sendo que vários já estavam de férias antes da ordem de suspensão ser publicada”, diz.
Julgamento no STF
- São réus nesse processo o cornel Fábio Augusto Vieira, então comandante-geral da PMDF; coronel Klepter Rosa Gonçalves, então subcomandante-geral da PMDF, coronel Jorge Eduardo Barreto Naime, ex-chefe do Departamento de Operações, coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, major Marcelo Casimiro Vasconcelos, major Flávio Silvestre de Alencar e tenente Rafael Pereira Martins.
- A Ação Penal 2.417 trâmita na Primeira Turma do Supremo.
- Todos os membros passaram meses presos, mas, atualmente, estão em liberdade e sob medidas cautelares. O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes.






Klepter Rosa também foi ex-comandante-geral da PMDF
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Coronel Fábio Vieira, comandante-geral da PMDF em 8 de janeiro de 2023
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Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF em 8 de janeiro de 2023
André Bonifácio/Ascom Chico Vigilante
Coronel Paulo José Ferreira
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Coronel Jorge Eduardo Naime
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Flávio Silvestre de Alencar
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Ainda de acordo com a nota, as alegações finais de Naime — a serem entregues nos próximos dias — “prometem desmascarar os verdadeiros responsáveis e revelar bastidores de manipulação processual”.






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