O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de “covarde” e “vergonhoso” o ataque de Israel contra a Faixa de Gaza que matou nove dos 10 filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar, na sexta-feira (23/5).
“É mais um ato vergonhoso e covarde. Seu único filho sobrevivente e seu marido, também médico, seguem internados em estado crítico”, disse o chefe do Palácio do Planalto por meio de nota, divulgada neste domingo (25/5).
Leia também
-
Mundo
Por que a ONU depende de Israel para fornecer suprimentos a Gaza?
-
Mundo
Ataque israelense mata nove filhos de casal de médicos em Gaza
-
Mundo
Gaza: população paga cerca de R$ 260 no quilo de farinha com insetos
-
Mundo
ONU retoma envio de ajuda a Gaza após bloqueio de quase três meses
O episódio trágico aconteceu na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A idade das crianças mortas varia de sete meses a 12 anos de idade. Alaa al-Najjar é pediatra do Hospital Nasse.
“Esse episódio simboliza, em todas as suas dimensões, a crueldade e desumanidade de um conflito que opõe um estado fortemente armado contra a população civil indefesa, vitimando diariamente mulheres e crianças inocentes”, pontuou Lula.
5 imagens
Fechar modal.
Reprodução/X
Um veículo da ONU e moradores palestinos são vistos em uma área fortemente destruída de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza
Getty Images
Migração de palestinos
Stringer/Anadolu via Getty Images
Pessoas voltam para suas casas em meio à destruição de Gaza pós-cessar-fogo
Ali Jadallah/Anadolu Agency via Getty Images)
Trump propõe assumir Gaza, mas diz que não vai “impor” plano
Stringer/Anadolu via Getty Images
O presidente brasileiro destacou que a ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza não se trata mais de um direito de defesa, em decorrência do ataque do Hamas contra o território israelense em 7 de outubro de 2023, que culminou na morte de 1,2 mil pessoas.
“Já não se trata de direito de defesa, combater o terrorismo ou buscar a libertação dos reféns em poder do Hamas. O que vemos em Gaza hoje é vingança. O único objetivo da atual fase desse genocídio é privar os palestinos das condições mínimas de vida com vistas a expulsá-los de seu legítimo território”, finaliza o chefe do Planalto.
Ainda conforme informações do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 46 mil palestinos já foram mortos em decorrência da ação de militares no território.