A morte da Amanda Carvalho, de 42 anos, no dia 7 de maio em Santos, é mais um assassinato brutal a ser contabilizado nos números assustadores da criminalidade em São Paulo. Com reconstituição marcada para esta quinta-feira (22/5), a execução da empresária pelo marido, o sargento Polícia Militar (PM) Samir Carvalho, tem requintes de crueldade e algumas pontas soltas.
Confira a cronologia do crime:
- Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles, Amanda foi, no dia 7 de maio, a uma clínica dermatológica acompanhada da filha, de 10 anos, “aparentando um comportamento calmo”.
- O marido, que é policial militar, chegou na sequência. Ao vê-lo, Amanda foi à recepcionista junto com a filha e contou que estava sendo ameaçada pelo marido, armado.
- A vítima, então, conseguiu correr para dentro do consultório de um médico da clínica e a funcionária chamou a polícia. Enquanto isso, o dermatologista trancou o consultório e colocou cadeiras na porta para impedir a entrada de Samir.
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- A polícia, então, chegou no local. Dois agentes entraram na clínica e encontraram Samir. Segundo os agentes, eles verificaram que Samir não estava armado.
- Depois, os agentes pediram para que o médico abrisse a porta onde Amanda e a filha estavam escondidas.
- No momento em que o consultório foi aberto, Samir pegou uma arma que estava em uma sala vizinha e disparou pelo menos 10 vezes contra a mulher.
- A filha do casal, de 10 anos, também foi atingida duas vezes, mas sobreviveu.
- Amanda morreu no local. Além dos tiros, segundo laudo do Instituto Médico Legal, a mulher levou 51 facadas.
- Os policiais que foram acionados estavam de saída quando o crime aconteceu. Eles voltaram até a sala, mas encontraram a mulher morta.
- Samir foi foi preso em flagrante.
- Ambos os policiais envolvidos na ocorrência estão sendo investigados por um inquérito policial militar que irá apurar “rigorosamente” o ocorrido.
- Segundo a última atualização da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Samir teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça e permanece detido no presídio militar Romão Gomes, na capital paulista. O sargento foi preso em flagrante logo após o delito. Ele foi afastado da Polícia Militar (PM) posteriormente.
Quem era Amanda?
Amanda Fernandes Carvalho tinha 42 anos quando foi morta pelo marido, com o qual tinha dois filhos, sendo um deles a menina de 10 anos também atingida por disparos. Ela também tinha um filho de 17 anos, fruto de outro casamento.
Amanda tinha uma vida bem pública nas redes sociais e fazia questão de mostrar em um dos perfis que era casada com Samir e mãe de três filhos, os definindo como os “motivos de viver”.






Amanda foi morta pela marido sargento da Polícia Militar na tarde da última quarta-feira
Reprodução/ Redes Sociais
Amanda dizia em suas redes sociais que sua família era o motivo de viver
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A empresária era bastante ativa nas redes sociais e postava fotos de viagens e conquistas dos filhos
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Amanda deixou três filhos
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Amanda jogava no time de vôlei da empresa em que trabalhava
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Amanda postava bastante registros da família nas redes sociais
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Em nota, o time de vôlei em que Amanda jogava lamentou a morte da atleta
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Amanda dizia que sua paixão era o vôlei e criou uma equipe mista na empresa em que era sócia
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Amanda era sócia de uma empresa de logística com sede na cidade de Santos, mas já atuou no ramo da publicidade. Ela chegou a participar de um vídeo comercial de uma marca de cerveja.
Além disso, era apaixonado em vôlei e inclusive fundou o time misto da empresa em que trabalha, que competia em torneios da modalidade na região.