A defesa da cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, mulher que escreveu com batom “perdeu, mané” na estátua do Supremo Tribunal Federal (STF), entrou com recurso contra sua condenação, nesta quarta-feira (14).
Os advogados pedem que Débora siga em prisão domiciliar durante todo o cumprimento de pena e argumentam que ela é mãe de dois filhos.
Além disso, a defesa pediu que o Supremo reavalie a pena imposta, já que Débora teria confessado o crime. De acordo com o Código Penal, a confissão pode contribuir para diminuir o tempo de pena. Para os advogados, isso não foi considerado pelos ministros.
Pede-se ainda que o período quase dois anos em que Débora ficou presa preventivamente seja computado como já cumprido na pena imposta pela Corte. Outra solicitação foi a restituição de bens apreendidos, como seu celular.
Em abril, o STF condenou Débora dos Santos a 14 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 50 mil por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Débora estava presa desde 2023 e, em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes lhe concedeu prisão domiciliar.
O caso da cabelereira ganhou repercussão após críticas da oposição a uma pena que consideram “exagerada”. Em manifestações a favor do projeto de lei que perdoa os condenados pelo 8 de Janeiro, parlamentares e apoiadores aparecem com batons nas mãos, em referência à Débora.