Aos poucos, a Mercedes-Benz está acabando com seus laços com a Renault. Depois de vender suas ações da empresa francesa e parar de usar o motor 1.3 turbo que havia sido desenvolvido em conjunto, agora a montadora alemã acabará com as vans comerciais compactas.
A publicação Automobilwoche obteve a confirmação com um porta-voz da Mercedes-Benz. Os modelos Citan e Classe T terão sua produção encerrada em meados do ano que vem. Ambos compartilham plataforma com o Kangoo e são montados e Maubeuge (França), na fábrica da Renault.
É fácil justificar o fim destes modelos. Ambos vendem muito pouco, com o Citan registrando somente 23.351 unidades em 2024, enquanto o Classe T emplacou 5.117 veículos. São números muito baixos para justificar sua produção.
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Existe outro problema que é a imagem da Mercedes-Benz. As duas vans estão bem longe do que se espera dos comerciais da empresa, como Sprinter e Classe V, compartilhando muitas peças e motores com os carros da Renault.
Apesar de terem nomes diferentes, a Citan e a Classe T são semelhantes, mudando apenas a sua proposta. A Citan é usada realmente como um carro comercial, nas versões de passageiro e de carga.
Já o Classe T é vendido como uma minivan convencional com cinco assentos. Por isso, é mais equipada, trazendo itens como bancos e volante com aquecimento.
As duas vans podem usar o motor 1.3 turbo (aquele que equipa o Duster no Brasil), nas configurações de 102 cv e 131 cv; ou um 1.5 diesel com potências entre 75 cv e 116 cv. Sempre trabalha com um câmbio manual de seis marchas.
Existem até versões elétricas para ambas, batizadas como eCitan e EQT. Aproveitam a tecnologia do Kangoo E-Tech, com uma bateria de 45 kWh e um único motor elétrico no eixo dianteiro, que entrega 122 cv.
Ainda não é o fim de seus laços com a Aliança Renault-Nissan. A Mercedes-Benz ainda faz parte da joint venture Cooperation Manufacturing Plant Aguascalientes (COMPAS), uma fábrica no México compartilhada com a Nissan, onde é feito o Mercedes-Benz GLB.