A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) decidiu suspender, por 90 dias, qualquer evento que reúna aves na capital do país. A medida, publicada na Portaria nº 176, de 16 de maio de 2025, é preventiva e serve para proteger a região contra a gripe aviária, uma doença que afeta principalmente as aves.
O alerta veio após o Ministério da Agricultura confirmar um foco da doença na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, em uma granja comercial – dedicada à produção de ovos para o consumo humano. Como o vírus da gripe aviária tem se espalhado em várias partes do país, o DF adotou essa restrição para evitar que o problema o alcance. Atualmente, o DF está livre tanto da gripe aviária quanto da doença de Newcastle, que também atinge aves.
Apesar de não haver casos confirmados no DF, o Ministério da Agricultura já registrou 15 casos suspeitos e 4 considerados prováveis na região. Há dez dias, foi concluído um inquérito sanitário com visitas a todos os aviários comerciais da região.
Cuidados com as aves
A orientação da Seagri-DF, por meio da subsecretária de Defesa Animal, Danielle Kalkmann, é que os criadores deixem as aves sempre protegidas, sem contato com áreas abertas ou outros animais, principalmente aves silvestres, que podem trazer o vírus.
“A avicultura (criação de aves) no DF é muito importante, tanto para quem vive da venda de ovos e de aves ornamentais quanto para quem cria para consumo próprio. Só em 2024, esse setor movimentou cerca de R$ 1 bilhão e gerou aproximadamente 5 mil empregos. Por isso, manter as granjas livres da gripe aviária é essencial para proteger a economia, a saúde dos animais e também a segurança dos alimentos”, declara.
A Seagri-DF reforça que não existe risco para a saúde das pessoas ao consumir carne de frango ou ovos devidamente inspecionados e bem cozidos. “A gripe aviária não é transmitida por meio da comida. O risco só existe para quem tem contato direto com aves doentes. E, mesmo assim, o risco de transmissão para humanos é considerado muito baixo”, completa.