O live-action de Branca de Neve foi um verdadeiro fracasso nos cinemas. Além de não ter sido bem recebido pela crítica, o filme também causou um prejuízo relevante para a Disney.
Segundo o IMDb, o longa teria arrecadado apenas US$ 87,2 milhões (R$ 483 milhões) na América do Norte e US$ 118,4 milhões (R$ 657 milhões) em outras parte do mundo, totalizando o valor de US$ 205,6 milhões (R$ 1,1 bilhão).
História do live-action de Branca de Neve
- O live-action de Branca de Neve é uma releitura do clássico animado da Disney produzido em 1937, Branca de Neve e os Sete Anões.
- A história acompanha a jovem princesa Branca de Neve, cuja beleza desperta a inveja de sua madrasta, a Rainha Má.
- Determinada a eliminar a enteada, a vilã ordena sua morte, mas Branca de Neve consegue escapar e se refugia na floresta.
O lucro é menor do que o valor gasto na produção do filme, que seria de aproximadamente US$ 270 milhões (R$ 1,5 bilhão).
Apenas com esses números, a Disney teria tido um prejuízo de US$ 65 milhões (R$ 356,1 milhões) — sem levar em consideração o valor gasto com marketing e outros custos.
Entretanto, o prejuízo pode ser ainda mais amargo para os estúdios. Segundo informações do The New York Times, foram gastos US$ 350 milhões (R$ 1,9 bilhões) para a produção de Branca de Neve.
Contando esses números, o prejuízo da adaptação subiria para US$ 145 milhões (R$ 794,5 milhões).


Gal Gadot como Rainha Má e Rachel Zegler como Branca de Neve no live-action da Disney
Giles Keyte/Disney
Jonathan (Andrew Burnap) e Branca de Neve (Rachel Zegler)
Giles Keyte/Disney/Divulgação
Rainha Má (Gal Gadot)
Disney/Divulgação
Rachel Zegler como Branca de Neve
Disney/Divulgação
Gal Gadot como Rainha Má
Disney/Divulgação
Rainha Má (Gal Gadot)
Disney/Divulgação
Branca de Neve e os Sete Anões
Divulgação/Disney
Filme cercado de polêmicas
Antes mesmo do lançamento, o live-action de Branca de Neve foi bombardeado por críticas. Uma das polêmicas envolve a escolha da protagonista, que não agradou o público.
Quem interpretou Branca de Neve foi Rachel Zegler. Com ascendência colombiana, a atriz se tornou a primeira princesa latina da Disney, o que gerou uma série de críticas. A decisão também gerou debates sobre sua aparência, que difere da representação da personagem na animação original de 1937.
A representação dos Sete Anões também gerou polêmica. Antes do início das gravações, o ator Peter Dinklage, conhecido por seu papel em Game of Thrones, levantou preocupações sobre a forma como os personagens seriam retratados.
Dinklage criticou a Disney por adotar uma postura progressista ao escalar a primeira princesa latina, enquanto mantinha a “história distorcida” dos anões vivendo juntos em uma caverna.
A fala de Dinklage dividiu a opinião dos atores com nanismo. Alguns apoiaram o ator, enquanto outros argumentaram que a exclusão dos anões poderia prejudicar as oportunidades de trabalho para esse grupo.
Em resposta, a Disney optou por usar efeitos visuais para criar os sete anões, contratando dubladores, sendo que apenas um deles era ator com nanismo.
Israel X Palestina
A escalação de Gal Gadot para o papel da Rainha Má também gerou controvérsia. A atriz israelense, conhecida por seu apoio irrestrito a Israel no conflito com a Palestina, teve sua posição política levantada nas redes sociais, o que criou tensão durante a divulgação do filme.
Rachel Zegler, por sua vez, se manifestou firmemente a favor da Palestina, o que gerou um embate ideológico nos bastidores da produção.
Esse clima de divisão afetou diretamente a divulgação do filme. Segundo a Variety, a Disney decidiu realizar uma estreia com um evento mais restrito, com poucos representantes da imprensa e uma plateia reduzida. Além disso, Gal Gadot e Rachel Zegler participaram da promoção do filme de forma separada, evitando qualquer aparição conjunta.