A Disney e a Universal processaram a startup de inteligência artificial (IA) Midjourney por violação de direitos autorais. A ação foi protocolada nesta quarta-feira (11/6) e as produtoras de filmes cobram a empresa por gerar imagens com IA sem compensar os criadores originais.
“Midjourney é o típico aproveitador de direitos autorais e um poço sem fundo de plágio”, disseram as empresas no processo, que foi aberto no Tribunal Distrital dos Estados Unidos, em Los Angeles.
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Darth Vader original ao lado de um gerado por IA
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Segundo o processo de 110 páginas, ao qual o The New York Times teve acesso, as produtoras afirmam que a Midjourney “se aproveitou de inúmeras” obras protegidas por direitos autorais para treinar o software, que permite criar imagens (e em breve vídeos) que “incorporam e copiam descaradamente personagens famosos da Disney e da Universal”.
A Midjourney foi fundada em 2022 e treina os computadores responsáveis por criar imagens com IA com dados coletados da internet e de outros locais. Segundo as produtoras de filmes, personagens famosos, como Darth Vader, Shrek, Homer Simpson, os Minions e as princesas de Frozen foram plagiados e reproduzidos de forma irregular pela empresa de IA.
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“Estamos otimistas com a promessa da tecnologia de IA e com o seu uso responsável como ferramenta para promover a criatividade humana, mas pirataria é pirataria, e o fato de ser praticada por uma empresa de IA não a torna menos infratora”, disse Horacio Gutierrez, conselheiro geral da Disney, ao The New York Times.
Vale dizer que essa prática já resultou em ações judiciais movidas por autores, artistas, gravadoras e veículos de comunicação contra outras empresas que trabalham de forma semelhante com inteligência artificial, mas a Disney e a Universal são os primeiros grandes estúdios de Hollywood a entrar com ações judiciais por violação de direitos autorais.