O dólar oscilou na manhã desta segunda-feira (24/3), com interpretações de declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o arcabouço fiscal, em evento realizado em São Paulo. Num primeiro momento, a cotação da moeda americana acentuou a tendência de alta e, a seguir, após postagem do próprio Haddad na rede social X, essa elevação recuou.
Num primeiro momento, o dólar chegou a ser cotado a R$ 5,77. Com o post de Haddad, ele manteve a alta, mas num patamar mais baixo: R$ 5,73, com elevação de 0,35%, por volta das 11h40.
A oscilação ocorreu, principalmente, com considerações sobre a questão fiscal, que trata da relação entre gastos e receitas do governo. Haddad disse estar “confortável” com o funcionamento do arcabouço fiscal, embora considere necessários “ajustes na máquina”.
“Depois, quando você estiver numa situação de estabilidade da dívida (em relação ao) PIB, você tiver uma Selic mais comportada e uma inflação mais comportada, você vai poder mudar os parâmetros (do arcabouço)”, disse, observando: “ Mas, na minha opinião, não deveríamos mudar a arquitetura.”
O ministro observou que novas medidas para reforçar o arcabouço poderiam ser consideradas no médio e no longo prazo.
As declarações de Haddad levaram o dólar às máximas do dia, na casa dos R$ 5,77. O ministro, contudo, acrescentou na rede social: “Estão tentando distorcer o que eu falei”, escreveu. “Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal, que estou confortável com os seus atuais parâmetros e defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo”.
Com a postagem, a alta do dólar diminuiu, atingindo os R$ 5,73, mas oscilando a R$ 5,74. A mínima do dia foi de R$ 5,70. Logo depois da abertura do mercado, às 9h09.