O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, indiciou a aliados que poderá deixar em breve o PSDB. Nos bastidores, é dada como avançada a negociação dele para migrar para o PSD, de Gilberto Kassab. As conversas começaram em novembro do ano passado.
Na tarde desta quarta-feira (16), Leite disse nas redes sociais que tomará uma decisão sobre seu futuro partidário apenas após a conclusão de um processo interno do PSDB, partido no qual está filiado há 24 anos.
“Há 24 anos estou filiado no PSDB, onde encontrei um espaço de formação política e compromisso com valores que sempre me guiaram: responsabilidade fiscal, busca por justiça social e respeito à democracia“, escreveu o governador.
“O partido vive um momento de reflexão e discussão sobre seu futuro, o que é natural diante dos desafios que o sistema eleitoral brasileiro impõe. Em respeito à história que construímos juntos, qualquer decisão sobre meu futuro partidário será tomada apenas após a conclusão desse processo interno, que terá um desfecho até o fim do mês de abril”, acrescentou.
De acordo com aliados, Leite aguarda um definição do PSDB sobre uma eventual fusão com o PSD. Se uma decisão não for tomada em abril, o governador gaúcho tende a deixar o atual partido, presidido pelo tucano Marconi Perillo, e migrar para a legenda comandada por Kassab.
Caso Leite deixe o PSDB, o partido, que elegeu três governadores em 2022, ficará apenas no comando do governo de Mato Grosso do Sul, com Eduardo Riedel. Em março, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, trocou o PSDB pelo PSD.
Leite tem pretensões de disputar a Presidência da República. A ida dele para o PSD, no entanto, deverá inviabilizar uma candidatura, visto que Kassab deve apoiar uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou lançar uma candidatura própria do PSD com o governador do Paraná, Ratinho Jr.