São Paulo — A Prefeitura de São Paulo não acolheu as defesas da Transwolff e da UpBus, empresas de ônibus investigadas por suposto elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC). As transportadoras deverão ser substituídas na operação do serviço.
Entenda o caso
- Transwolff e a UpBus estão sob intervenção da gestão municipal de São Paulo desde abril de 2024, quando foram alvo da Operação Fim da Linha, que apontada vínculo das empresas com o Primeiro Comando da Capital.
- O dono da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, e o sócio da UpBus, Silvio Luís Ferreira, o Cebola, tiveram mandatos de prisão cumpridos em seus nomes durante a operação.
- Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao MPSP, a Transwolff recebeu um aporte de R$ 54 milhões da facção criminosa, obtido com tráfico de drogas e outros delitos, para participar da licitação do transporte público na capital paulista
- A Transwolff e a Upbus operam, respectivamente, as linhas de ônibus da zona sul e leste da cidade de São Paulo — e transportam, juntas, 700 mil passageiros na capital.
A medida foi publicada na edição do Diário Oficial desta quinta-feira (20/2) e corresponde à última etapa do procedimento administrativo movido pela gestão municipal, que pede a caducidade dos contratos.
Ambas as empresas estão sob intervenção da gestão municipal desde que foram alvo de uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) em abril de 2024, sob suspeita de participação em um sistema de lavagem de dinheiro para o PCC.
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No final de janeiro deste ano, elas apresentaram suas defesas, mas o parecer desfavorável já era previsto.
Conforme noticiado pelo Metrópoles, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem dito que algumas empresas já manifestaram interesse em assumir as linhas de ônibus operadas pela UpBus e Transwolff.