São Paulo – A Câmara Municipal de São Paulo vai definir nesta quarta-feira (7/5) os membros que vão compor as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar os “pancadões” na cidade e a venda da íris do olho por empresas.
A indicação dos representantes do PT e do PSol será feita por ofício pelo presidente Ricardo Teixeira (União). A decisão foi tomada durante reunião entre os líderes das bancadas nesta terça-feira (6/5).
Isso porque a oposição ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) decidiu não indicar seus membros para as duas CPIs, em retaliação ao boicote feito pela base governista às duas primeiras comissões aprovadas em plenário na Casa: uma para apurar as causas das enchentes no Jardim Pantanal e outra para investigar supostas fraudes na comercialização das habitações de interesse social.
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Oposição revida boicote da base de Nunes e briga por CPI vai à Justiça
Após pressão da gestão Nunes, aliados decidiram não indicar seus membros dentro do prazo estipulado, o que derrubaria as CPIs por caducidade. O PT acionou a Justiça para que as comissões sejam criadas.
Como o regimento interno exige o mínimo de duas CPIs funcionando, a base de Nunes articulou para a aprovação das comissões sobre os bailes funk e a íris, Íris, que visa apurar a atuação da empresa TFH (Tools for Humanity), que ofereceu recompensas financeiras para realizar o escaneamento da íris dos cidadãos.
Segundo relatos, os líderes do PT, Luna Zaratini, e do PSol, Toninho Vêspoli, não concordaram com a decisão tomada nesta terça e exigiram que as outras duas CPIs também sejam instauradas.
“A maioria dos partidos defendeu a instalação da CPI da Íris e do Pancadão.Nós defendemos a instalação das quatro CPIs”, disse Luna ao Metrópoles.
A oposição alega que o presidente Ricardo Teixeira e a base de Nunes quebraram acordo.