A empresa reponsável pelo balão que caiu na manhã do último domingo (15/6) em Capela do Alto, interior de São Paulo, vitimando uma mulher de 26 anos e deixando outras pessos feridas, já havia se envolvido em um acidente em maio de 2022.
À época, a Polícia Civil afirmou que o balão não poderia ter decolado em razão das condições climáticas, pois havia um alerta feito pela Defesa Civil de ventos fortes. Ainda assim, a aeronave voou e caiu entre as margens da rodovia Castello Branco, entre Porto Feliz e Boituva, ferindo nove pessoas.


Um vídeo mostrou a queda do balão que vitimou uma mulher grávida
Divulgação/ Polícia Militar
O balão estava com 35 pessoas a bordo
Divulgação/ Polícia Militar
O piloto do balão foi preso e responderá por homicídio culposo com dolo eventual
Divulgação/ Polícia Militar
O balão caiu pela manhã deste domingo. O Cenipa foi acionado
Divulgação/ Polícia Militar
Balão caiu em uma área rural de Capela do Alto e matou uma mulher grávida
Divulgação/ Polícia Militar
Três das vítimas do acidente de 2022 foram encontradas a cerca de um quilômetro do local em que o cesto do balão caiu, já que o piloto teria feito um pouso forçado. Segundo a polícia, a empresa foi indiciada pelos crimes de lesão corporal e exposição da vida ao perigo, e o caso foi encaminhado à Justiça em 2023.
Saiba mais
- Segundo a PM, o balão decolou de Boituva antes de cair em Capela do Alto.
- A cidade onde aconteceu o acidente fica a 24 km de distância de Boituva, que recebeu, no mesmo fim de semana, a 38ª edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo.
- No sábado (14/6), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou a publicar um vídeo sobre o evento nas redes sociais.
- O Metrópoles entrou em contato com a Confederação Brasileira de Balonismo, que organiza o campeonato, mas a entidade disse que o balão não tinha relação com o evento.
Empresa já foi fechada
A Prefeitura de Boituva informou que a empresa já havia sido fechada por irregularidades e passou a atuar sob um novo CNPJ. A Confederção Brasileira de Balonismo (CBB) disse que a responsável não possuía documentação para o balão que caiu nesse domingo e o piloto não possuía licença para realizar o voo.
Medidas da Prefeitura
Em reunião realizada nessa segunda-feira (16/6), a Prefeitura de Boituva e a CBB definiram medidas administrativas e normativas para fiscalizar e evitar que novos acidentes aconteçam.
Em nota, os órgãos afirmaram que notificarão todas as empresas de balonismo do município para o envio de documentação, criarão uma lei municipal para a regulamentação da atividade e pretendem introduzir um QR code para os cestos dos balões, onde constará todas as informações da empresa responsável e do piloto.