São Paulo — O empresário Valério Valdrighi, de 64 anos, que foi sequestrado por uma quadrilha armada com fuzis quando saía da própria empresa na noite da última sexta-feira (4/4) em Tatuí, interior de São Paulo, já havia sido vítima do mesmo crime anteriormente, há menos de um ano.
A informação foi confirmada pela Polícia Civil, que, apesar da coincidência, acredita que os dois crimes não têm relação entre si. A partir de agora, a investigação ficará a cargo da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga.






Reprodução/TJSP
Vítima sai de sua empresa e caminha em direção a seu carro
Reprodução/Câmera de Monitoramento
Vítima foi raptada logo após sair de empresa
Reprodução/Câmera de Monitoramento
Vítima correu assim que perua van branca se aproximou
Reprodução/Câmera de Monitoramento
Após primeiro criminoso perseguir dono de empresa de crédito, segundo homem desembarca armado com fuzil
Reprodução/Câmera de Monitoramento
Reprodução/Câmera de Monitoramento
A namorada da vítima, Natacha Ariboni, de 31 anos, também foi sequestrada na noite de sexta (4/4), minutos antes do companheiro e em um endereço distinto. Segundo informações do delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Tatuí, Arthur Bariani, o casal havia terminado de jantar em um restaurante quando ambos se separaram — ele voltou para o escritório e ela foi para casa.
Natacha foi abordada pelos criminosos por volta das 23h40 em frente ao edifício em que mora. No carro, os suspeitos forçaram a vítima a ligar para o namorado e pedir que ele deixasse o escritório, enquanto a levavam para um cativeiro em Valinhos.
Após cerca de 30 minutos, os homens conseguiram sequestrar Valério em frente ao escritório em que trabalhava. Câmeras de monitoramento registraram o momento em que ele é sequestrado pelos suspeitos, que estavam armados com fuzis e vestiam roupas semelhantes às usadas pela Polícia Federal (PF).
Veja:
Até o momento, ninguém foi preso e as investigações continuam para identificar os suspeitos envolvidos no crime.
“Dia de sorte”
Natacha foi mantida refém por cerca de cinco horas e foi liberada “bastante abalada”, mas sem sinais de violência. Após a liberação, seu namorado, Valério, foi levado até o mesmo cativeiro, onde conta que não sofreu tortura, não foi maltratado e que, inclusive, alguns dos sequestradores se mostraram gentis.
O empresário foi liberado pelos criminosos pois era seu “dia de sorte”, segundo os criminosos, visto que as imagens do sequestro ganharam grande proporção na imprensa e a polícia já estava na investigação.
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O delegado acredita que, caso não tivessem liberado Valério, os sequestradores prenderiam o homem até o amanhecer, visto que ele tinha limite de valor de Pix para realizar durante a madrugada.
O empresário foi liberado por volta das 10h, sem precisar pagar valor de resgate. Além disso, ele conta que não perdeu nenhum valor em dinheiro e o único prejuízo material foi a maleta que levava em mãos quando foi abordado, que possuia apenas roupas, sapatos e remédios.