Os dois primeiros laudos entregues pelo Instituto de Criminalística (IC) ao Departamento de Homicídios (DHPP), nessa segunda-feira (16/6), comprovaram oficialmente que o empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 36 anos, morreu por asfixia. Os documentos reforçam a suspeita de que ele pode ter sido morto por um segurança que atuava no evento do Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo, onde Adalberto estava com um amigo.
O próprio amigo do empresário, última pessoa a vê-lo com vida, chegou a ser considerado suspeito. Mas a polícia afirmou que, apesar de inconsistências em seu depoimento, ele tem um álibi e não há, por enquanto, indícios de seu envolvimento no caso.
A Polícia Civil sabe que Adalberto morreu por asfixia — com isso, a natureza do inquérito foi alterada para homicídio. No entanto, a forma como o crime ocorreu ainda não foi determinada. Por essa razão, há duas possibilidades em investigação: morte por constrição torácica (provocada por pressão no tórax) ou asfixia resultante de pressão no pescoço.
Como mostrado pelo Metrópoles, um dos seguranças do evento no qual a vítima estava poderia ter aplicado um mata-leão no empresário, durante um hipotético confronto.
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A polícia achou corpo de Adalberto próximo ao posto 9 do Autódromo de Interlagos
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Os agentes localizaram o cadáver em um buraco de 2 metros de profundidade e 40 cm de diâmetro
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De acordo com a PM, a vítima estava de capacete, o que dificultou a confirmação da identidade do corpo
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Adalberto Junior estava desaparecido desde a última sexta-feira (30/5)
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O empresário Adalberto Junior com a esposa, Fernanda
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Ele era empresário
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O empresário Adalberto Junior com a esposa Fernanda
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Tinha 35 anos
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O encontro do corpo
A Polícia Militar encontrou o corpo do empresário no último dia 3, na Avenida Jacinto Júlio, no portão 9 do Autódromo de Interlagos. Posteriormente, o cadáver foi identificado como Adalberto Júnior, desaparecido desde 30 de maio. Ele havia ido a um evento de motocicletas e não voltou para casa.
Desaparecimento
- Adalberto desapareceu na noite de uma sexta-feira (30/5), após não retornar de um evento de moto no Autódromo de Interlagos. Ele estava com um amigo.
- A esposa do empresário afirmou à polícia ter recebido uma mensagem de Adalberto, por volta das 20h, dizendo que iria ver uma corrida de motocross e seguiria para casa posteriormente.
- Rafael Aliste, amigo de Adalberto, contou às autoridades que curtiu o evento com o empresário normalmente, participaram de algumas corridas de moto, beberam bebidas alcoólicas e se despediram por volta das 21h.
- O caro do empresário estava estacionado no Kartódromo de Interlagos. O veículo, que tinha manchas de sangue em seu interior, foi apreendido pela polícia.
Quem era o empresário
Adalberto Júnior era dono da rede Óticas Angela, que tem unidades em Osasco e Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo.
Ele era casado com Fernanda Dândalo. Nas redes sociais, a mulher publicou fotos do casal em viagens internacionais como Paris e Roma.
Adalberto também gostava passear de moto, hobby que era dividido com a companheira. Na última publicação do casal, Fernanda aparece ao lado do empresário, em frente a uma moto, com a legenda “motoqueiros selvagens”.