Em um depoimento de quase sete horas de duração, a filha do ídolo argentino Diego Maradona, Gianinna Maradona, fez duras críticas sobre a internação domiciliar que o ex-jogador foi submetido após passar por uma neurocirurgia antes de morrer, em novembro de 2020. Segundo Giannina, tudo não passou de uma encenação.
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A ambulância que transportava Diego Maradona dirige entre a mídia deixando a Clinica Olivos em 11 de novembro de 2020 em Vicente Lopez, Argentina
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Ao longo de seu depoimento no julgamento que definirá a responsabilidade dos médicos envolvidos na morte do astro do futebol, a filha do jogador afirmou que havia um objetivo na internação do ídolo argentino.
“Foi uma encenação, uma peça de teatro que eles montaram para continuar com o que eles estavam buscando tão desesperadamente, que era manter meu pai em um lugar escuro, feio e solitário”, afirmou.
Apesar da acusação, Gianinna não conseguiu explicar ao longo de seu depoimento o que teria motivado a suposta encenação. Maradona permaneceu internado em uma casa em Tigre, região perto de San Isidro. Maradona faleceu aos 60 anos, vítima de um edema pulmonar.
Para o advogado da filha de Diego Armando Maradona, havia uma motivação financeira na decisão, mas também não detalhou qual seria este motivo.
Em determinado ponto da audiência, um áudio gravado pelo psicólogo Carlos Díaz, que integra a lista de acusados, indica que os médicos poderiam estar mais preocupados com questões jurídicas do que médicas.
“Aqui, o objetivo estratégico é passar a responsabilidade para a família (…) É uma forma de nos protegermos”, diz Carlos no registro.
O julgamento
Maradona estava em uma casa alugada especificamente para a sua recuperação. Os promotores acusam os profissionais de negligenciar o tratamento domiciliar, e afirmam que o ídolo argentino poderia ter sobrevivido se tivesse sido colocado em condições melhores de recuperação.
Estão sendo julgados julgados Leopoldo Luque, neurocirurgião, Agustina Cosachov, psiquiatra, Carlos Diaz, psicólogo, Nancy Forlini, coordenador médica, Mariano Perroni, coordenador de enfermagem, Pedro Pablo Di Spagna, médico e Ricardo Almiro, enfermeiro.
Caso sejam condenados, os réus poderão enfrentar penas de oito a 25 anos de prisão. Maradona morreu durante a recuperação de uma cirurgia cerebral por conta de um coágulo.