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Entenda por que cantores de funk têm investido em conteúdo adulto

Artistas do funk têm encontrado uma nova fonte de renda fora dos palcos: a produção de conteúdo para plataformas por assinatura que permitem desde bastidores da carreira até a publicação de vídeos sensuais e, em alguns casos, explícitos. Sites como OnlyFans e Privacy concentram grande parte desse tipo de material, que mistura entretenimento e erotismo, e se tornou um mercado lucrativo para nomes populares do gênero.

Uma das primeiras artistas brasileiras a adotar essa estratégia foi Anitta. Em 2021, ela usou uma dessas plataformas para divulgar novidades de sua carreira, atraindo atenção ao publicar imagens íntimas, como a de uma tatuagem do ânus. A cantora afirma ter faturado milhões de reais com a estratégia.

Outras artistas também têm relatado faturamento alto com conteúdos pagos. MC Mirella, por exemplo, revelou já ter obtido mais de R$ 2 milhões ao compartilhar materiais que misturam bastidores da carreira com imagens explícitas de sexo.

A professora Lorena Caminhas, do Departamento de Estudos de Mídia da Maynooth University, analisa o fenômeno como parte de um contexto cultural mais amplo: “A sensualidade está presente na música popular brasileira há décadas. O funk potencializa isso com uma linguagem audiovisual mais explícita.”

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MC Mirella e Dynho Alves

A cantora Larissa de Macedo Machado, a Anitta
MC PH
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MC Pipokinha

Instagram/Reprodução

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MC Mirella e Dynho Alves

Instagram/Reprodução

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A cantora Larissa de Macedo Machado, a Anitta

Mauricio Santana/Getty Images

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MC PH

Divulgação

Em plataformas como de conteúdo adulto, como o OnlyFans e o Privacy, os artistas do funk encontraram uma maneira de ganhar ainda mais dinheiro, como explica Lorena Caminhas, professora do Departamento de Estudos de Mídia da Maynooth University, em entrevista ao Metrópoles.

“Muitos artistas do funk estão migrando para a produção de conteúdo exclusivo porque gera uma fonte de renda vantajosa e aumenta a base de fãs e seguidores. Existe uma questão sobre a fronteira do que é pornográfico, sensual e erótico nos conteúdos, mas esses termos estão cada vez mais fluidos”, pontuou.

Raízes brasileiras

Segundo a professora, a estética sensual nos conteúdos dos funkeiros tem raízes culturais. “Os clipes e músicas do funk trazem o erotismo e a sensualidade. Mas vale lembrar que o axé nos anos 1990 também tinha isso, com músicas e coreografias que faziam alusão ao sexo. É um fenômeno brasileiro, está estabelecido na nossa cultura musical.”

Ela também contextualiza a aceitação do público em relação aos conteúdos sensuais publicados por artistas.

“As plataformas exclusivas não são apenas para conteúdo adulto. Tem muito conteúdo dos artistas que é musical e erótico, mas não é pornográfico. Como o Brasil tem uma sociedade extremamente sexualizada e conta com uma cultura audiovisual que apela para a sensualidade, a inclusão da questão sexual nos conteúdos VIP acaba sendo mais aceita socialmente”, afirma.

Mudança de nicho

Além do uso das plataformas como complemento à carreira musical, há quem tenha mudado completamente de rumo após alcançar altos ganhos com esse tipo de conteúdo. É o caso de MC Pipokinha. Inicialmente, ela entrou no site afirmando que o objetivo era impulsionar a carreira artística. “A música é tudo para mim”, declarou na época.

Mais recentemente, porém, Pipokinha anunciou sua aposentadoria dos palcos. “Estou realizando minhas últimas datas como cantora de funk. Já tenho muito dinheiro. Não quero mais ficar cantando, fazendo fama e sendo tão famosa assim. Já consegui comprar muitas casas, muitos carros e agora vou sumir”, afirmou.

Mesmo com a decisão, ela deve manter a produção de conteúdo exclusivo: “Eu fico mais livre para poder ser quem eu sou, postar o que eu quero. E se alguém quiser assinar meu conteúdo para falar mal, essa pessoa está me pagando.”

Maior consumo de pornografia

Mesmo com a presença de famosos nas plataformas liberais, a professora Lorena Caminhas não acredita que a presença dos artistas esteja impulsionando o consumo de conteúdo adulto e pornografia.

“Não acho que tenha uma relação direta com os artistas. Na verdade, os artistas estão dificultando o consumo, porque cobram um valor mais caro do que o convencional.”

Durante a análise, ela contextualizou: “Quando a indústria pornográfica começou, tínhamos que ir ao cinema para assistir. Não tinham aparelhos para ler a fita cassete em casa. O consumo era difícil e pouco acessível. Com o tempo, as inovações tecnológicas facilitaram o consumo do sexo”, iniciou.

“Agora estamos passando por uma diversificação, porque temos pessoas famosas participando e o conteúdo está mais acessível, mas o conteúdo adulto sempre fez parte de uma indústria muito lucrativa, de muito consumo”, concluiu.

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