Quer fazer parceria comigo? Agende uma ligação

Popular Posts

  • All Post
  • Brasil
  • Carros
  • DF
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • GO
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • SP
  • Tecnologia e Games

Dream Life in Paris

Questions explained agreeable preferred strangers too him her son. Set put shyness offices his females him distant.

Categories

Edit Template

Especialista critica uso indiscriminado de chá: “Até veneno é natural”

São Paulo — Apesar dos benefícios que os chás trazem para a vida das pessoas, o consumo indiscriminado é visto com uma série de ressalvas por parte de especialistas, que apontam riscos para quem usa sem a indicação adequada, tanto em relação à dosagem, quanto ao local onde é comprado o produto. Também ressaltam que é proibida a venda de drogas vegetais nas ruas, como visto em São Paulo, e apontam para a ocorrência de falsificações.

“Existe veneno natural. O chá não é de uso recorrente para qualquer tipo de pessoa, mesmo aqueles que a gente considera como benéficos”, afirma a nutricionista Gabriella Cilla.

Gabriella cita exemplos. “A gente fala em chá de espinheira santa, camomila, erva-cidreira. A erva-cidreira tem um caráter mais amargo, que aumenta a produção de ácido clorídrico. Para quem tem problemas estomacais, como gastrite, vai ser ruim”.

Sobre o chá de hibisco, diz que é bastante utilizado para tratar retenção de líquido e inchaço da perna. “Ficou muito famoso agora pelos diagnósticos de lipedema [acúmulo de gordura em pernas e braços, de forma geral]. É utilizado para essa questão da diurese e retenção hídrica. Tem bastante anti-inflamatório e antioxidante e diminui a produção de radicais livres”, diz. Porém, faz ressalvas. “Merece atenção até pela questão diurética, pela excreção de potássio, hipotensão. Para pessoas com pré-disposição à pressão baixa, não é recomendado”.

Uso indiscriminado

A especialista afirma que é necessária a indicação de alguém que acompanhe o paciente. “Que seja indicado um lugar de confiança para se comprar e que não se tenha esse uso abusivo”, diz.

Os efeitos dos chás também podem variar de pessoa para pessoa. “Tem pessoas que acabam sendo mais sensíveis e outras mais resistentes a ativos. Vale lembrar que o uso deve ser recomendado por algum profissional, para que a gente consiga avaliar. Mesmo ervas que sejam consideradas, entre aspas, normais, como camomila, cidreira, maracujá e canela”.

A nutricionista explica que nem sempre o que é vendido é a parte da planta que causa, de fato, o benefício procurado. “Vamos pensar na flor de camomila. Eventualmente, são vendidos nessas barraquinhas o caule, a folha e não necessariamente a flor, que é o causa o benefício do relaxamento. É diferente de comprar um encapsulado com a prescrição de um fitoterápico ou em lojas que tenham uma procedência mais confiável”, diz.

Gestantes e idosos

A nutricionista alerta sobre a atenção que gestantes e idosos devem ter ao consumir chás. “Algumas ervas têm interação medicamentosa. Não devem utilizar. Gestantes e idosos, com base de medicação, a gente acaba não suplementando com bases fitoterápicas” diz.

A nutricionista afirma que é preciso ter cautela e cuidado redobrados com esses grupos. “Os chás são muito recomendados, mas, por exemplo, com a mesma erva a gente pode fazer tintura ou homeopatia. Depende muito da dose que se usa”.

Falsificações e riscos

Levantamento realizado em Diadema, no ABC, apontou que, entre 16 drogas vegetais vendidas nas ruas da cidade, apenas 9 correspondiam exatamente ao que estava escrito na embalagem, segundo a coordenadora do Centro de Estudos Etnobotânicos e Etnofarmacológicos, e docente da Unifesp, Campus Diadema, Eliana Rodrigues.

8 imagens

Ana Claudia Santana de Jesus, 36 anos, e Aureci Moreira Santana, 59 anos, vendedoras de ervas na região do Parque Dom Pedro, em São Paulo

Ana Claudia Santana de Jesus, 36 anos, e Aureci Moreira Santana, 59 anos, vendedoras de ervas na região do Parque Dom Pedro, em São Paulo
O terapeuta naturalista Francisco Oliveira, 73 anos, na zona cerealista, em São Paulo
O terapeuta naturalista Francisco Oliveira, 73 anos, na zona cerealista, em São Paulo
Banca de ervas na região do Largo da Batata, em São Paulo
1 de 8

Saquinho de hibisco, em banquinha na região do Parque Dom Pedro

2 de 8

Ana Claudia Santana de Jesus, 36 anos, e Aureci Moreira Santana, 59 anos, vendedoras de ervas na região do Parque Dom Pedro, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

3 de 8

Ana Claudia Santana de Jesus, 36 anos, e Aureci Moreira Santana, 59 anos, vendedoras de ervas na região do Parque Dom Pedro, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

4 de 8

O terapeuta naturalista Francisco Oliveira, 73 anos, na zona cerealista, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

5 de 8

O terapeuta naturalista Francisco Oliveira, 73 anos, na zona cerealista, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

6 de 8

Banca de ervas na região do Largo da Batata, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

7 de 8

A comerciante Leidiane Fernandes Souza, 42 anos

William Cardoso/Metrópoles

8 de 8

O vendedor de garrafadas Raimundo Nonato Ribeiro, 65 anos

William Cardoso/Metrópoles

“Apenas 9 das 16 plantas eram elas mesmas, o restante não. Não sabemos o que tem dentro dessas embalagens do ponto de vista das plantas, pensando ‘é a planta mesmo ou não é?’ Já temos um problema aí”, diz Eliana.

A professora da Unifesp traz outra questão. “Para além disso, o Instituto Adolfo Lutz identificou fungos e bactérias acima do permitido na farmacopeia. Isso também é muito grave, porque, para um organismo imunodeprimido, vai piorar a questão da saúde”, afirma.

Eliana aponta outro problema, esse de caráter legal. “Não é permitido comercializar drogas vegetais nas ruas, embora não tenha fiscalização”, diz.

A especialista afirma que os rótulos desses produtos precisam conter nome científico, nome popular, a parte da planta utilizada, o registro dessa droga vegetal pela Anvisa, o nome do fabricante com CNPJ e endereço, o nome do farmacêutico responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, o número do lote e o prazo de validade. “Tendo todas essas informações, o meu produto não é uma droga vegetal de baixa qualidade”, diz.

A professora diz também que uma outra forma de obter as drogas vegetais é por meio das farmácias vivas das UBSs (Unidades Básicas de Saúde). “É óbvio que a gente tem toda uma qualidade garantida ali”, afirma.

“Não é que não existe o benefício, mas você precisa saber a fonte, com todas as garantias de que está usando um remédio com qualidade. Além de ser útil, não vai ser tóxico”, diz.

Source link

Compartilhar artigo:

Edit Template

Postagem recente

  • All Post
  • Brasil
  • Carros
  • DF
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • GO
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • SP
  • Tecnologia e Games

Siga-me

© 2025 Criado com complementos Radar news 24H