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Espião russo desmascarado era dono de joalheria de fachada em Brasília

As vitrines que exibiam anéis de esmeralda com diamantes e brincos de turmalina paraíba com ouro branco em um prédio comercial na Asa Norte serviam, na verdade, para esconder a identidade real do dono da joalheria: um espião russo. No Brasil, Aleksandr Andreyevich Utekhin se apresentava como Eric Lopes, empresário e gemólogo (especialista em pedras preciosas).

Ele se identificava como brasileiro com um “português gringo”. A história foi revelada nessa quarta-feira (21/5) em uma reportagem do New York Times, que mostrou o Brasil como uma fábrica de espiões russos. Por ter um passaporte aceito na maioria dos países e uma grande variedade étnica, o Brasil passou a ser um paraíso para disfarçar as identidades dos agentes secretos e dar a eles uma nacionalidade mais acessível para as missões.

O artigo americano cita duas lojas de Utekhin no Brasil, uma em Brasília e outra em São Paulo. O Metrópoles apurou que a joalheria citada pelo jornal norte-americano é a Esfel Jewelry, que ficava no sétimo andar de uma empresa comercial na quadra 702 da Asa Norte. A loja já foi desativada e uma seguradora funciona no local atualmente.

Apesar de não estar mais em funcionamento há pelo menos dois anos, a página da Esfel conta com 31 mil seguidores, 237 publicações e garantia de entrega em todo o Brasil. A loja funcionava com atendimento intimista e agenda marcada, para que os compradores pudessem tocar e provar as peças.

Veja fotos das joias:

12 imagens

Anel de esmeralda cravejado de diamentes

Brinco de turmalina paraíba com ouro branco
Anel de turmalina paraíba com diamantes e ouro branco
Pingente de esmeralda e diamante
Brincos de topázio imperial com diamantes e ouro branco
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Coleção de joias: anel com topázio imperial e diamantes em ouro 18 quilates; pingente com turmalina Paraíba e três diamantes em ouro branco 18 quilates; brincos com esmeraldas e diamantes em ouro 18 quilates; anel com turmalina rubelita e diamantes em ouro 18 quilate; pingente com turmalina Paraíba e diamante em ouro branco.

Reprodução/ redes sociais

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Anel de esmeralda cravejado de diamentes

Reprodução/ redes sociais

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Brinco de turmalina paraíba com ouro branco

Reprodução/ redes sociais

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Anel de turmalina paraíba com diamantes e ouro branco

Reprodução/ redes sociais

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Pingente de esmeralda e diamante

Reprodução/ redes sociais

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Brincos de topázio imperial com diamantes e ouro branco

Reprodução/ redes sociais

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Esmeralda, diamantes e ouro branco de 18 quilates

Reprodução/ redes sociais

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Pingente em ouro branco de 18 quilates com esmeralda lapidada com 16 diamantes em volta.

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Turmalinas Paraíbas e diamantes em ouro branco

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Anel com esmeralda e 14 diamantes em ouro 18 quilates

Reprodução/ redes sociais

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Pingente de tanzanita com ouro de 18 quilates

Reprodução/ redes sociais

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Ouro de 18 quilates

Reprodução/ redes sociais

Como investimento no disfarce, Eric até pagou para que divulgassem a empresa dele no canal Empresários de Sucesso TV, que se define no YouTube como “o maior programa de empreendedorismo do Brasil”.

Na gravação publicada em 24 de abril de 2023, o nome de Eric é dito três vezes em 2 minutos e 33 segundos de duração. Ele não concedeu a entrevista, uma funcionária que falou para as câmeras. A única imagem de Eric é a divulgada pelo New York Times, a qual a reportagem teve acesso a partir de uma investigação internacional envolvendo a Polícia Federal e a CIA. Os investigadores do caso acreditam que a empresa servia como fachada para reforçar as credenciais brasileiras do russo.


Entenda o que aconteceu

  • O Brasil virou um local de treinamento e construção de identidades falsas por espiões russos como forma de viabilizar a realização de serviços de espionagem mais avançados em outros países e regiões, como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio, segundo revelou reportagem do jornal norte-americano The New York Times (NYT).
  • Segundo o NYT, a Polícia Federal brasileira estava atenta aos espiões e montou a Operação Leste para tentar desmantelar o esquema. O jornal mostrou que os espiões chegavam ao Brasil e buscavam uma nova identidade para construir uma vida normal e impossível de ser reconhecida.
  • A matéria cita o caso de Artem Shmyrev, que tinha uma empresa de impressão 3D e dividia um apartamento de luxo com a namorada no Rio de Janeiro. Ele tinha um nome brasileiro – Gerhard Daniel Campos Wittich – e se apresentava como um cidadão local, de 34 anos.
  • Além desse caso, uma espiã russa se passava por uma modelo brasileira, e um agente secreto se passando por estudante conseguiu uma bolsa de estudo em Harvard além de se inscrever em um projeto na Holanda, que estudaria os crimes de guerra na Ucrânia.
  • O jornal aponta que a investigação da PF desferiu um golpe devastador no programa de imigração ilegal de Moscou, pois eliminou um quadro de policiais russos altamente treinados que será difícil de substituir.
  • Até agora, os investigadores localizaram nove policiais russos com identidade brasileira.
  • Desses, dois foram presos, alguns retornaram para a Rússia e outros, já descobertos, podem não conseguir mais deixar o país nem atuar no exterior.
  • Seis nomes foram identificados publicamente até agora. A investigação teve envolvimento de pelo menos oito países, segundo o NYT.
  • A mesma unidade de agentes de contrainteligência da Polícia Federal que fez o monitoramento dos espiões russos foi responsável pela investigação da tentativa de golpe que o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados respondem no Supremo Tribunal Federal, aponta o jornal.

Segundo as informações do jornal norte-americano, Utekhin passou um período no Oriente Médio. O paradeiro dele é desconhecido, mas a suspeita é que ele tenha retornado à Rússia.

A loja no DF chegou a ser alvo de operação da Polícia Federal, mas os agentes não encontraram nenhum sinal de Utekhin, nem do ouro ou das pedras preciosas que ele anunciava no Instagram.

O Metrópoles apurou que o CNPJ da loja continua ativo, mas a última publicação nas redes sociais foi feita em maio de 2022.

O endereço da loja do russo na Avenida Paulista, na capital de São Paulo, também foi desativado. O local onde o espião russo se disfarçou fica em frente a um batalhão da Polícia Militar e hoje é ocupado por uma imobiliária, segundo o jornal americano.

A reportagem tentou contato com o estabelecimento, mas não teve reposta.

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