São Paulo — Estudantes da Faculdade de Engenharia do campus de São João da Boa Vista (FESJ), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), flagraram pombos e ratos no refeitório da instituição. Os registros, feitos em fotos e vídeos, foram publicados na última terça (22/4) em uma rede social.
Veja:
Denúncia dos estudantes
- Nas imagens, compartilhadas pelo Movimento dos Estudantes Independentes da Unesp, alunos e uma funcionária do campus tentam capturar um rato que estaria na cozinha do refeitório.
- Fotos (em destaque) também mostram pombas próxima das baias de comida.
- Na publicação, o movimento dos estudantes afirmou que as condições de armazenamento dos alimentos no local são precárias, e o número de equipamentos disponíveis é insuficiente.
- “Apenas dois micro-ondas atendem mais de 130 estudantes. O campus também sofre com a ausência de uma política de segurança alimentar: não há restaurante universitário e tampouco subsídio para as refeições”, diz a legenda do post.
Leia também
-
São Paulo
Primeira reitora da Unesp quer cota para docentes na universidade
-
São Paulo
Estudo da Unesp descobre indícios da existência do Planeta 9
-
São Paulo
Unesp abre concurso com salário de até R$ 23 mil
-
São Paulo
Moraes proíbe hospital da Unesp de fornecer ao Cremesp dados de aborto
O que diz a Unesp
Em nota, a FESJ afirmou que o espaço em que funciona a lanchonete atualmente é pequeno, aberto, e fica próximo à mata que circunda o campus, além de algumas obras que estão em andamento.
O refeitório é “formado por alguns quiosques para convivência e hora do lanche, portanto, sujeito à presença de pássaros e outros animais terrestres”.
“A Unidade já vem trabalhando há muitos anos na redução do problema, instalando espículas anti-pombos e telas, mas essas exceções não resolvem permanentemente a entrada de animais. Esse fato não faz parte da rotina na lanchonete, sendo um acontecimento esporádico e pontual”, diz a nota.
A faculdade destacou ainda que o único espaço fechado existente é o da cozinha, para a preparação dos alimentos pela empresa que explora o local através de processo licitatório.
Segundo o posicionamento da instituição, os órgãos competentes e a administração geral da Universidade estão trabalhando, desde 2024, para liberar recursos com o objetivo de construir um refeitório fechado e adequado.
O espaço, explorado por empresa terceirizada, deve ser usado para “oferecer refeições adequadas que atendam um número maior de pessoas da nossa comunidade unespiana local”.
“A expectativa de termos uma solução ainda este ano junto à reitoria é positiva”, finalizou a nota.
Manifestações por melhoria das refeições
Outros campi da Unesp têm sido palco de manifestações de estudantes, que reivindicam melhoria das condições de alimentação.
Em Bauru, no maior campus da universidade, alunos realizaram uma manifestação com panelaço em 9 de abril exigindo mais refeições, o fim do sistema de reservas de pratos, que deixam muitos estudantes sem alimentação, e pedindo não à terceirização do restaurante universitário (RU).
Em Araraquara, no dia seguinte às manifestações de Bauru, uma assembleia estudantil foi convocada para discutir a qualidade das refeições e as condições de trabalho dos funcionários terceirizados.





Estudante segura cartaz escrito “não se estuda com fome”.
Reprodução/Linoco Mar
Estudantes da Unesp Bauru realizaram manifestação contra más condições do restaurante universitário.
Reprodução/Linoco Mar
Cartazes foram instalados na fachada do restaurante universitário.
Reprodução/Maria Clara
Faixas foram distribuídas pelo campus da Unesp Bauru durante ação dos estudantes.
Reprodução/Maria Clara Mattos
Alunos se concentraram em frente ao restaurante universitário.
Reprodução/Linoco Mar