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Ex-pastor de SP vendia armas para Comando Vermelho e decretava mortes

São Paulo — Conhecido como “Senhor das Armas” no mundo do crime, o ex-pastor Josias Bezerra Menezes, de 41 anos, é apontado pela Polícia Civil paulista como um importante elo entre o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, e o Bando do Magrelo — uma forte organização criminosa regional, nascida em Rio Claro, que disputa território com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no interior de São Paulo.

Também chamado de Oclinhos, ou ainda Pastor — em referência ao passado religioso –, Josias está atualmente foragido, sob a guarda do CV, no Complexo da Maré, área controlada pelo crime organizado no Rio.

O criminoso, integrante do Bando do Magrelo, é o responsável pela venda e envio de armamento pesado para a facção fluminense da qual é aliado, como mostra inquérito da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, obtido com exclusividade pela reportagem.

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Ex religioso foi flagrado transportando arsenal escondido em carro para o RJ

Imagem de ficha criminal feita no RJ, após prisão em flagrante
Ex-pastor Josias Bezerra Menezes, de 41 anos, conhecido como "Senhor das Armas"
Criminoso também é conhecido como Oclinhos
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Ex-pastor negocia armas com PM da ativa

Reprodução/Polícia Civil

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Ex religioso foi flagrado transportando arsenal escondido em carro para o RJ

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Imagem de ficha criminal feita no RJ, após prisão em flagrante

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Ex-pastor Josias Bezerra Menezes, de 41 anos, conhecido como “Senhor das Armas”

Arte/Metrópoles

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Criminoso também é conhecido como Oclinhos

Reprodução/Polícia Civil

Além disso, conforme trocas de mensagens interceptadas pela Polícia Civil, Pastor também determina quem deve morrer, indicando seus alvos para assassinos profissionais, entre eles o policial militar da ativa Carlos Alexandre dos Santos. O PM, como revelado pelo Metrópoles, é o líder de uma célula criminosa que presta serviços ao Bando do Magrelo e ao CV. Ele está preso desde 27 de fevereiro deste ano, ocasião na qual seu celular foi apreendido.

As conversas trocadas entre o policial e membros da quadrilha liderada por ele revelaram os bastidores do crime organizado no interior paulista e sua relação com uma das maiores facções do Brasil.

Ex religioso preso

Nascido em Campinas, interior de São Paulo, Josias chegou a exercer a vida religiosa como pastor evangélico. A igreja na qual atuou, porém, não é especificada pela polícia.

A prestação de serviço de Pastor ao CV foi evidenciada em 5 de setembro de 2018, quando ele e um comparsa foram presos, na altura do km 163 da Rodovia Presidente Dutra, região da Pavuna, bairro da zona norte da capital fluminense.

Pastor ocupava um Hyundai Azera, no qual foram encontrados sete fuzis calibre 556, dois revólveres, uma pistola e 510 munições. Ele era escoltado pelo comparsa, que guiava um Volkswagen Bora.

Policiais Rodoviários Federais (PRFs) desconfiaram dos dois carros, dando sinal para encostarem. Os criminosos não atenderam à solicitação e aceleraram os veículos, dando início a uma perseguição. Em motocicletas, os policiais conseguiram abordar a dupla, cerca de um quilômetro adiante.

Os criminosos, na ocasião, alegaram não terem percebido o sinal de parada dado pelos PRFs, acrescentando que não se conheciam. Os argumentos, porém, foram desmentidos quando a polícia constatou que os dois carros estavam registrados no nome de Josias.

Entre o porta-malas e o banco traseiro do Hyunddai, em um fundo falso, o arsenal foi localizado. O comparsa de Pastor seguia em frente ao carro com as armas, como batedor, de acordo com denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, obtida pelo Metrópoles.

Josias foi condenado por porte ilegal de arma de fogo, de uso restrito, a quatro anos e seis meses de prisão, em regime fechado, em 26 de junho de 2019. Em 26 de janeiro de 2023, sua pena foi extinta.

Em liberdade, ele retomou sua vida criminosa, como mostra a investigação da DIG de Limeira.

“O que abençoa”

Nas conversas interceptadas no celular do PM Carlos, a DIG identificou que os criminosos se referem a Josias como Pastor. O ex-religioso também fornecia veículos clonados, geralmente usados nos assassinatos “encomendados por ele”.

“Em determinado trecho, Carlos [PM] refere-se ao Pastor utilizando o adjetivo ‘o que abençoa’, expressão essa interpretada no contexto como alusão àquele que autoriza ou chancela as mortes, legitimando as ações praticadas pela organização criminosa”, diz trecho de relatório policial.

Pastor, como é reforçado pela Polícia Civil, escalava o PM Carlos e o guarda civil municipal Denis Davi para que executassem alvos indicados por ele. O GCM Denis trabalhava no Centro de Operações Integradas (COI) de Araras, interior paulista, onde usada sua função como servidor público para beneficiar seus comparsas do mundo do crime. Ele foi preso na segunda-feira (5/5), em um hotel no Rio Grande do Sul, durante a Operação Hitman, deflagrada pela DIG de Limeira.

As ações do guarda corrupto, como mostrado pela investigação e revelado pelo Metrópoles, tinham a anuência de Daniel Ponessi Alves, comandante da GCM de Araras. Denis apagava informações sobre emplacamento de veículos dublês — usados por Carlos em empreitadas criminosas, como homicídios — para que não fossem identificados no sistema, por exemplo.

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Subcomandante da guarda teve prisão decretada

Comandante da guarda é investigado por suposto elo com facção carioca
PM liderava grupo criminoso, diz Polícia Civil
Policial agia nos bastidores do crime, mesmo estando na ativa
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Chefe da GCM de Araras foi afastado

Reprodução

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Subcomandante da guarda teve prisão decretada

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Comandante da guarda é investigado por suposto elo com facção carioca

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PM liderava grupo criminoso, diz Polícia Civil

Reprodução/Polícia Civil

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Policial agia nos bastidores do crime, mesmo estando na ativa

Reprodução/TJSP

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Guarda dava infirmações para criminosos

Reprodução/Policia Civil

Comercializando armas

Em uma conversa de WhatsApp (ver galeria acima) Carlos e Pastor negociam um arsenal. O cabo da PM fala sobre o “amigo azul”, uma referência ao GCM, que havia conseguido uns “bicos” — como são chamados fuzis entre os criminosos. O ex religioso responde pretender ficar com todos.

Em resposta, o PM lista as armas que estarão disponíveis, como fuzis calibre 556, 762, espingarda calibre 12 e metralhadora calibre ponto 40. “Eu pego tudo fazendo um pacote”, garante o Senhor das Armas.

O arsenal ofertado pelo policial corrupto, porém, ainda não estava disponível. Ele seria roubado de um guarda civil municipal, que também é instrutor de tiro. A vítima, como mostram as investigações, é sogro do GCM Denis Davi — levantando a suspeita de que o genro tenha informado os comparsas sobre o arsenal.

Registros oficiais da Delegacia de Araras, obtidos pela reportagem, mostram que três criminosos invadiram a residência do guarda, na madrugada de 23 novembro do ano passado. O trio acessou o prédio, localizado no centro da cidade, usando um controle remoto e destrancou o apartamento com uma chave.

Encapuzados, os bandidos ameaçaram o GCM e a esposa dele para que o cofre onde as armas estavam fosse aberto. O trio roubou fuzis, pistolas, revólveres, munições, itens eletrônicos e joias.

A investigação da DIG constatou que esse assalto foi articulado pelo grupo liderado pelo PM Carlos.

“Rota Caipira”

O núcleo ligado ao CV atuava em Limeira e cidades próximas do interior paulista, como Araras, Leme, Conchal e, também, na região sul do país – onde o GCM do interior paulista foi preso, com apoio da Polícia Civil gaúcha.

O objetivo dos criminosos ligados ao CV, como mostram as investigações, era tentar assumir o controle da chamada “Rota Caipira”, usada para o transbordo de armas e, principalmente, da cocaína produzida na Bolívia e Colômbia.

Os PMs e GCMs investigados, como consta em documento da Polícia Civil, estão “alinhados aos interesses expansionistas” da facção fluminense, “a fim de alterar o domínio geocriminal da região, que é estratégica para o tráfico de armas e de drogas”.

Prefeitura e PM

A PM afirmou ao Metrópoles, em nota, ter prestado apoio à Polícia Civil, por meio da Corregedoria da corporação, no cumprimento de mandados de prisão e busca a apreensão em Araras, “onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão de um policial militar”, diz trecho do documento, sem dar detalhes de quem seria o PM.

A Prefeitura de Araras afirmou ao Metrópoles, também por meio de nota, que os três GCMs foram afastados preventivamente de suas funções. O governo municipal acrescentou ter prestado apoio durante a Operação Hitman e disse seguir à disposição para colaborar com a investigação.

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