Uma família estrangeira em situação de rua foi vítima de ataques xenofóbicos por um homem, ainda não identificado, nessa segunda-feira (16/5), na Praça Alexandre de Gusmão, região do Jardim Paulista, centro de São Paulo. Testemunhas contam que o grupo foi abordado pelo suspeito, que andava de patinete elétrico e tentou expulsar os imigrantes do local. A cadela da família, que começou a latidos em razão da confusão, foi esfaqueada e morta pelo agressor.
Ainda de acordo com testemunhas, a família era composta por uma mulher, um homem, duas crianças e a cadela. O grupo é imigrante e, sem moradia fixa, se abriga em uma barraca na praça.
Na ocasião, o homem, que aparentava ter cerca de 20 anos, xingou as crianças que brincavam no local e iniciou uma discussão com o pai delas. O suspeito teria xingado os menores e tentado expulsar a família do local. Populares apontam ainda que o indivíduo fazia gestos de ameaça de morte para as crianças.
Polícia Militar libera agressor
Após a discussão, os filhos do casal começaram a chorar e o pai acionou uma Polícia Militar (PM) que realizava patrulhamento na praça. Os PMs compareceram ao local, revistaram o suspeito e identificaram que ele tinha uma navalha.
À polícia, o pai de família ainda contou que foi vítima de ataques xenofóbicos e ameaças de morte do rapaz. Contudo, mesmo com a identificação da arma e com as acusações, segundo a versão de testemunhas, o jovem teve a faca devolvida e foi liberado pelos agentes.
Cadela esfaqueada
Após a saída dos PMs, o suspeito voltou até a barraca da família e partiu para cima de uma das crianças do casal. O homem estava armado com a faca e atingiu a cadela da família, que avançou para defender o menino.
Imagens obtidas pelo Metrópoles flagraram o momento. No vídeo, o suspeito aparece sendo contido por populares e a cadela deitada com sinais de esfaqueamento. As cenas são fortes:
Veja:
Após a confusão, a PM novamente compareceu ao endereço e registrou um boletim de ocorrência. O suspeito já havia fugido do local.
Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não se pronunciou sobre o assunto até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.