Uma das atrações mais populares de Paris, o Centro Pompidou fechará as portas por cinco anos. Inaugurado em 1977, o emblemático centro cultural, considerado um dos principais museus de arte moderna do mundo, passará por reformas a partir de segunda-feira (10/3).
Conhecido pelo exterior industrial e canos expostos — além da renomada coleção de obras de artes (incluindo Picasso, Matisse e Chagall) —, o edifício foi projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers e leva o nome do ex-presidente francês Georges Pompidou, que expôs sua visão para o monumento inspirado na arquitetura de museus modernos de Nova York, como o Guggenheim.
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O centro cultural destoou-se das construções ao seu redor, levantadas na reforma de Paris no século XIX por Georges-Eugène Haussmann. Janelas altas e varandas de ferro forjado eram características típicas da localidade. Mas Pompidou seguiu outra linha.
O plano de Georges Pompidou era reunir diferentes formas de arte sob o mesmo teto, em uma estrutura impressionante que seria “moderna e em constante evolução”.
No entanto, prestes a completar 50 anos, o museu passará por reformas devido a “problemas técnicos”. Acredita-se que as obras custarão 260 milhões de euros (mais de R$ 1 bilhão e 600 mil na cotação atual) e envolverão questões como remoção do amianto de toda a estrutural do local — um material tóxico que já foi muito utilizado para proteção contra incêndios —; além de medidas de sustentabilidade e reforço na segurança.

Uma programação especial com início nesta sexta-feira (7/3) movimentará o Centro Pompidou com performances, oficinas e apresentações de DJs até a noite de segunda-feira (10/3). A entrada será gratuita.
Algumas exposições temporárias também poderão receber visitar até setembro deste ano, mês que marcará o fechamento completo até 2030.
“Ano de reformas”
No último mês, o presidente francês Emmanuel Macron também anunciou uma reforma de seis anos no Louvre, o museu mais visitado do mundo. A obra visa ampliar e trazer melhorias para a estrutura do local, depois que a diretora da atração, Laurence des Cars, alertou sobre a degradação do espaço que afirmou estar “ameaçando o conteúdo”, incluindo a famosa obra Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.
Laurence relatou que o edifício centenário estava em péssimo estado, com vazamentos e oscilações de temperatura que poderiam colocar em risco a conservação de obras de arte.
A partir do ano que vem, o Louvre cobrará uma taxa de entrada mais alta para visitantes de fora da União Europeia, conforme declarou Macron. Ainda, o museu, que hoje recebe 9 milhões de visitantes por ano — mais que o dobro dos 4 milhões que foi projetado, quando foi modernizado na década de 1980 —, terá a capacidade para 12 milhões de pessoas após a reforma.

O presidente da França não divulgou o custo da renovação, mas assegurou que as obras seriam financiadas por fundos próprios do Louvre, vendas de ingressos, patrocínios e ganhos de seu museu irmão em Abu Dhabi, o que, segundo ele, “não pesará sobre o contribuinte”.
Vale lembrar que, em dezembro do ano passado, Emmanuel Macron reabriu a Catedral de Notre-Dame, em Paris, cinco anos após ter sido danificada por um incêndio. À época, o presidente fez uma visita ao local com direito a transmissão ao vivo mostrando os detalhes do monumento restaurado.
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