O filme Conclave, dirigido por Edward Berger e indicado em oito categorias do Oscar 2025, entrou em foco após a morte do papa Francisco, aos 88 anos. O pontífice morreu, aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21/4), em sua residência oficial na Casa Santa Marta, no Vaticano, em Roma
O longa-metragem, que levou uma estatueta, retrata como se dá a escolha de um novo papa e a mistura de mistério, ritual, tradição e, principalmente, política envolvida neste processo. Ou seja, o conclave do papa.





A partir daí, o cineasta dá início a um thriller político que prende o espectador em uma teia de conspirações e quebra-cabeças
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O filme começa com uma cena em que o papa aparece já morto, deitado em sua cama e tem o seu quarto selado na sequência
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Nas 2h de tela, Berger mostra como os bastidores da eleição são cercados de intrigas políticas, com conchavos e “puxada de tapetes” entre os líderes religiosos
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Conclave traz os bastidores da escolha do novo papa e uma “batalha de interesses” entre os cardeais para assumir o posto
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O cineasta é responsável por jogar luz em um intenso político interno de umas das instituições mais antigas do mundo
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Sobre o que fala o filme Conclave?
- Lançado no Brasil em 23 de janeiro deste ano, Conclave acompanha o cardeal Lawrence, que reúne um grupo de sacerdotes para eleger o sucessor do último papa.
- Cercado por líderes do mundo todo nos corredores do Vaticano, ele descobre uma trilha de segredos profundos que podem abalar a fundação da Igreja.
- O elenco conta com Ralph Fiennes, Isabella Rossellini, Stanley Tucci e mais.
Com a morte do pontífice, um conclave será realizado para definir o sucessor do argentino, que comandou o cristianismo por 11 anos.
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Entenda o conclave
Depois que o pontificado fica vago, a Igreja Católica tem entre 15 e 20 dias para organizar a cerimônia. No conclave, até 120 cardeais com poder de voto no Colégio de Cardeais, e com menos de 80 anos, são reunidos na Capela Sistina, no Vaticano, para que escolham o novo papa por meio de uma votação.
Ao todo, um cardeal precisa obter 2/3 dos votos para se tornar o novo líder da Igreja Católica. Durante a votação, os integrantes do Colégio de Cardeais ficam isolados, sem nenhum contato com o mundo exterior.
Eles podem votar entre si, mas não podem indicar seus próprios nomes para o cargo.
Antes da votação, três cardeais são definidos como escrutinadores, que vão contar os votos do conclave. Além disso, um outro trio de cardeais são nomeados revisores do ritual.



Gui Primola/ Metrópoles
Gui Primola/ Metrópoles
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No primeiro dia de conclave, uma votação é realizada entre os cardeais presentes, que devem indicar seus candidatos em uma cédula de papel. Caso o novo papa não seja definido neste estágio, um novo ciclo de votações é iniciado a partir do segundo dia.
A partir dai, até quatro eleições podem ser realizadas durante os três dias seguintes, sendo duas pelo período da manhã e outras duas à tarde. Se um novo papa não for definido no período, as votações têm uma pausa de um dia para que orações sejam realizadas.
O processo de votação é retomado depois da suspensão temporária, e mais sete votações são realizadas. Novas pausas poderão ser feitas por mais três vezes, caso um novo nome para o papado não seja escolhido.
Em casos de discordância, os dois nomes mais votados no pleito vão para uma disputa direta.
A cada votação, os votos são queimados e depositados em uma chaminé da Capela Sistina, que indica ao mundo o resultado do pleito. Caso a fumaça saia preta, o colegiado ainda não chegou a um consenso sobre o novo papa. O novo líder da Igreja Católica é anunciado quando uma fumaça de cor branca for emitida.