O preço do gás de cozinha no Distrito Federal foi reajustado nesta terça-feira (6/5) e pode ficar até R$ 10 mais caro na capital do país. O preço médio do botijão estava em torno de R$ 100, na última semana, mas o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindvargas-DF) informou que o impacto pode variar de acordo com a região administrativa.
O Sindvargas-DF comunicou, ainda, que esse é o terceiro aumento anunciado pelas distribuidoras e engarrafadoras só neste ano. Elas justificam a medida com base na “nova política comercial da Petrobras, baseada em leilões mensais para parte do volume ofertado”.



Do início do ano até agora, gás de cozinha teve três reajustes
Daniel Ferreira/Metrópoles
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, deve ficar até 10% mais caro
Ilustrativa/PortalT5
Preço do produto pode variar de acordo com a região administrativa
Hugo Barreto/Metrópoles
Porém, em entrevista ao programa Conexão Metrópoles, da Rádio Metrópoles, o presidente do sindicato, Sérgio Costa, afirmou que, até agora, os aumentos não tinham sido repassados ao consumidor.
“Esses três reajustes [de 2025] somam, em média, 6,4%, sem contar o dissídio coletivo de nossos colaboradores, que foi de 7,8% e impacta diretamente nos custos operacionais de nossas revendas. Então, fizemos uma variação [das estimativas de preços], que pode passar dos 10%, a depender da região administrativa”, destacou.
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Contudo, Sérgio Costa lembrou que, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o volume de GLP leiloado representa “uma parcela ínfima, o que torna injustificável a transferência de custos tão severos ao mercado”.
“É até uma preocupação muito grande para nós. De uma hora para outra, a política energética adotada pela Petrobras mudou. E é da mesma forma com os leilões, sobre os quais não temos informações precisas em relação à quantidade ou aos valores comercializados para as distribuidoras. Enviamos ofício ao Ministério Público para cobrar mais transparência, porque cada uma delas tem dado um reajuste conforme a própria análise de custos”, comentou.
Nota fiscal e segurança
Ainda segundo o presidente do Sindvargas-DF, cada distribuidora compra combustível por meio dos leilões de acordo com a própria necessidade e repassa automaticamente a taxa de aumento para a rede de revendas. Assim, a falta de precisão sobre o reajuste leva cada estabelecimento a adotar um valor diferente.
Diante do cenário de reajustes no preço do gás de cozinha, Sérgio Costa foi questionado sobre possíveis formas de economizar no uso do GLP no dia a dia. Em resposta, ele destacou que, mais do que focar só na economia, os consumidores devem priorizar a segurança ao comprar.
“E compre com nota fiscal. Muitas vezes, o consumidor tenta economizar R$ 5 ou R$ 10 sem saber a procedência do produto e acaba por colocar a família em risco”, alertou. Ele lembrou, ainda, que a clandestinidade e a adulteração do gás são recorrentes no país: “Procure saber de qual revenda você compra, pois, às vezes, o barato pode sair caro.”