Integrantes do governo Lula e lideranças da oposição concordam em ao menos um ponto sobre a CPI mista para investigar as fraudes no INSS que deve ser criada em breve no Congresso Nacional.
Tanto auxiliares do presidente Lula quanto parlamentares bolsonaristas admitem que será difícil a comissão descobrir fatos novos em relação ao escândalo de descontos indevidos do INSS.
4 imagensFechar modal.
1 de 4
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 4
Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, no Senado
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES3 de 4
Presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 4
Polícia Federal
Isso porque, lembram, as principais fontes de informações da CPI serão a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), órgãos cujos comandos são indicados pelo próprio governo.
“A CPI não vai descobrir nada que o governo já não saiba pela PF ou pela CGU”, avaliou à coluna um alto integrante do Ministério da Previdência Social.
Nesse cenário, a avaliação é de que a comissão acabará funcionando mais como palco político, sobretudo para a oposição tentar desgastar o governo Lula, sem resultados concretos de investigação.
Leia também
-
Igor Gadelha
Os pontos que petistas e bolsonaristas concordam no imbróglio do IOF
-
Igor Gadelha
Em vídeo, Bolsonaro liga sindicato do irmão de Lula à farra do INSS
-
Igor Gadelha
Motta joga batata quente do INSS para Alcolumbre
-
Igor Gadelha
Por que a CPMI do INSS pode ser um tiro pela culatra em bolsonaristas
Para a oposição, esse potencial de desgaste político do governo é importante, sobretudo pela proximidade com as eleições de 2026, quando o presidente Lula pretende concorrer à reeleição.
Ciente da estratégia da oposição, o governo vem articulando para ter aliados na presidência e na relatoria da CPI, além de maioria entre os integrantes da comissão parlamentar de inquérito.