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HÁ VINTE ANOS – O padrinho da direita americana (Por Armando Mendes)

Algumas coisas só acontecem nos Estados Unidos. Onde mais um ricaço torraria sua fortuna distribuindo dinheiro para intelectuais conservadores ]combaterem as ideias de esquerda (“liberais”, no sentido que os americanos dão à palavra)?

Pois aconteceu lá. A Fundação John M. Olin, criada pelo tal mecenas da direita, vai fechar as portas, informou o The New York Times. Doou 380 milhões de dólares em pouco mais de 30 anos.

John M. Olin fabricava munição. Enriqueceu depressa (só na Segunda Guerra Mundial, vendeu 15 bilhões de balas para o Exército). Era conservador até dizer chega.

Nos anos 60 e 70, ficou chocado com as revoltas estudantis e os ataques da contracultura liberal à sociedade americana. Resolveu partir para a briga ideológica.

Mandou a fundação da família financiar o trabalho intelectual de juristas, economistas e pensadores políticos. Com uma condição: tinham de ser direitistas de carteirinha, que nem ele mesmo.

Olin morreu em 1982. Mas deixou uma tarefa para a fundação: gastar sua fortuna em uma geração, defendendo o capitalismo e os valores tradicionais.

A Fundação John M. Olin age por cima da carne-seca: não entra no jogo político miúdo, não discute políticas específicas. Sua missão é fomentar ideias – conservadoras, é claro – sobre a democracia, a política, a economia e o direito.

Nesses trinta anos, promoveu seminários, financiou editoras e revistas intelectuais, bancou pesquisadores e universidades. Sustentou boa parte da direita acadêmica americana na luta para recuperar a hegemonia cultural que ela tinha perdido.

“As ideias precisam ser cultivadas. Só depois é que você pode cuidar das políticas públicas”, diz um diretor da fundação. “Os instintos básicos do povo americano são conservadores, mas os intelectuais estavam indo na direção oposta”.

A fundação já gastou quase toda a fortuna deixada por Olin. Restam 6 milhões de dólares, que eles planejam distribuir até o fim do ano.

Consideram seu dever cumprido. Estão ganhando a guerra política e cultural. “Liberal” passou a ser quase um xingamento nos Estados Unidos.

 

(Publicado aqui em 7 de junho de 2005)

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